Só quem sofre com o desconforto do suor excessivo sabe o quanto isso incomoda. Seja na hora de um cumprimento ou mesmo ao praticar algum esporte. A hiperidrose ou sudorese excessiva é uma doença que atinge cerca de 1% da população.Pode causar além da transpiração exagerada, isto é, mais do que a necessária para o controle da temperatura do organismo, incômodos como sensação de umidade e forte odor.
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A dermatologista do Hospital Moinhos de Vento, especialista na disfunção Fabiane Kumagai, explica que a transpiração excessiva pode ser tanto generalizada quanto localizada. No entanto, as regiões do corpo mais acometidas pela hiperidrose são as axilas, as palmas das mãos, as plantas dos pés, a face e o couro cabeludo. Fabiane alerta, que a sudorese pode ser considerada excessiva, quando passa a causar um desconforto físico ou emocional, levando a restrições sociais.
Para driblar os efeitos negativos da doença a dermatologista costuma indicar o uso de desodorantes antiperspirantes industrializados, loções com cloridróxido de alumínio manipuladas, a iontoforese (corrente galvânica) e medicamentos orais. Nos casos mais resistentes, revela que é possível utilizar a injeção de toxina botulínica, cirurgia de curetagem de glândulas ou a simpatectomia (cirurgia torácica assistida por vídeo).
Principalmente durante os dias quentes de verão, a dermatologista sugere evitar o uso de tecidos sintéticos, que aquecem e não permitem a absorção correta do suor, e que acabam aumentando o desconforto. As roupas de algodão, bem arejadas e trocadas com frequência diária junto aos desodorantes com sais de alumínio, são fortes aliados contra a hiperidrose axilar.
– Calçados abertos são da mesma forma úteis na prevenção da sudorese plantar – aponta.
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Para a hiperidrose em face (crânio facial), o uso de filtro solar em forma de pó compacto é mais um aliado contra o desconforto e contribui de maneira expressiva para evitar o aspecto brilhante da pele e o gotejamento de suor.
Mito
A dermatologista adverte ainda com relação a informações divulgadas através da internet relacionando os sais de alumínio e seus derivados (componentes dos antitranspirantes) a possíveis casos de câncer de mama.
– Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), após uma avaliação científica o parecer da instituição foi de que até o momento não foram apresentados dados capazes de provar a relação de sais de alumínio com a incidência de câncer de mama – explica.
