Uma mulher, de 20 anos, é a terceira suspeita a ser presa pela morte do motorista de aplicativo Luís Cesar de Camargo, em São Bento do Sul. A prisão aconteceu em Rio Negrinho, na última terça-feira (4) e, de acordo com invesigações da Polícia Civil, ela teria sido a responsável por solicitar a corrida no app que acabou com a morte do trabalhador.
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Segundo o delegado Gil Ribas, responsável pelas investigações, a garota também teria se hospedado em uma pousada de Rio Negrinho após o crime, onde trocou de roupas e, em seguida, fugiu para outra casa.
Ela também teria reservado uma pousada na cidade de Itapoá, cidade em que outros dois suspeitos se hospedaram logo após cometerem o crime. O quarto do estabelecimento, inclusive, teria ficado com vestígios da ação. Ambos foram presos entre os dias 14 e 15 de setembro.
Ribas ainda ressalta que o trio utilizou um cartão bancário e dinheiro da vítima após o crime, confirmando a hipótese de que se trata de um latrocínio, quando se mata para roubar.
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Após ser localizada, a jovem teve prisão temporária decretada com prazo inicial de 30 dias, porém, o delegado ressalta que pretende encerrar as investigações antes deste prazo. De acordo com ele, todos os suspeitos devem ter prisão preventiva decretava nos próximos dias.
Sem vínculo anterior ao crime
O corpo de Luis Cesar foi localizado em uma estrada rural no distrito de Pirabeiraba, em Joinville, no início de setembro. Equipes da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) estiveram no local para recolher a vítima.
O delegado afirma que as investigações apontam que o motorista de aplicativo e os suspeitos não tinham nenhum vínculo anterior ao crime. De acordo com Ribas, Luís Cesar trabalhava com um aplicativo, mas a chamada para a viagem com os suspeitos teria acontecido por fora da plataforma.
— É muito comum aqui que esses motoristas de aplicativo divulguem o próprio WhatsApp e as pessoas mandam mensagem perguntando quanto cobra para levar de um lugar a outro. Muito provavelmente foi isso [que aconteceu] — explica.
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Viagem inesperada no domingo
Luís era casado com Edineia Hable e pai de quatro filhos. Segundo a esposa, a família estava em casa e o marido não planejava sair para trabalhar. No entanto, após o almoço, a mulher disse que levaria a filha no parquinho e o homem avisou que havia surgido corridas de aplicativo para fazer.
Edineia conta que Luís iniciou o turno por volta das 14h e que, às 17h, já tinha uma viagem agendada de São Bento a Campo Alegre. Porém, ela consultou as últimas viagens do marido pelo aplicativo, onde mostrou que a última tinha acontecido às 15h30. Antes disso, ela tentou contato por telefone.
— Quando voltei pra casa [do parque], ele já tinha saído. De costume, os horários dele voltar é dez da noite ou, no máximo, trabalha até meia-noite. Mas deu meia-noite e ele não chegou e comecei a ficar preocupada — lembrou Edineia.
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