Desde os oito anos de idade, Beatriz Linhares da Silva já mostrava talento e muita vontade para ser um destaque na ginástica rítmica. O sonho de chegar à seleção brasileira veio este ano e, logo depois, virou titular da equipe. Em pouco tempo, a atleta de apenas 16 anos, nascida em Florianópolis, já possui um ouro nos Jogos Pan-Americanos. É mais uma medalha catarinense na competição continental realizada no Peru.

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Bia faz parte da equipe que subiu no lugar mais alto do pódio no último evento da modalidade, realizado nesta segunda-feira (5). A prova mista (três arcos e dois pares de maças) deu o primeiro e único ouro da ginástica rítmica ao Brasil em Lima. O time ainda ganhou uma prata e três bronzes – duas também com a participação da atleta catarinense, no conjunto geral e no conjunto cinco bolas.

Antes de começar a preparação em Aracaju (SE) com outras meninas do grupo principal, Bia era treinada desde o início da carreira por Maria Helena Kraeski, da Adiee/Udesc/FME. Agora, sob o comando da técnica de conjunto da seleção, Camila Ferezin, a expectativa da ginasta manezinha é pelo Mundial, no próximo mês, no Azerbaijão, e a disputa para conseguir a vaga olímpica em Tóquio-2020.

– A Bia já vinha sendo monitorada há algum tempo. No final do ano passado, quando ela chegou à categoria adulto, foi chamada para uma avaliação junto à seleção brasileira. Acabou indo treinar com a equipe principal. Ela teve um problema de adaptação no início, por ser muito jovem. Porém, alguns meses depois, já estava como titular – lembrou a ex-treinadora de Beatriz.

Ouça a entrevista completa com Maria Helena Kraeski:

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A equipe da Adiee treina no Instituto Estadual de Educação. O time já preparou nomes como a florianopolitana Luisa Matsuo, seis vezes ouro em Pans, e a também medalhista Bianca Maia Mendonça. Além do apoio da Udesc e do governo catarinense, o projeto recebe R$ 13 mil da Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis. Porém, o gasto com cada evento fica entre R$ 20 mil e R$ 30 mil.

– Cada campeonato é uma luta para ter recursos e poder participar – lamenta Maria Helena, acreditando que uma política esportiva mais forte e maior apoio da iniciativa privada seriam fundamentais para valorizar os atletas de hoje e as futuras gerações.

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