O Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros para 14,25% nesta quarta-feira (19), o maior patamar desde o governo Dilma. O aumento de 1 ponto percentual (de 13,25% para 14,25%) foi decidido de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e encarece o crédito para o consumidor, impactando nos empréstimos bancários e financiamentos, por exemplo. As informações são do g1.

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Este é o maior patamar desde a crise do governo Dilma, em 2015 e 2016, quando a taxa também alcançou 14,25%. A ex-presidente sofreu impeachment em agosto de 2016.

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia. Ela serve de referência para calcular as taxas de empréstimos bancários e financiamentos, assim, com a Selic alta, o crédito também fica mais caro.

O anúncio desta quarta-feira (19) representa a quinta alta seguida na Selic, e o aumento é uma tentativa do Banco Central de conter a inflação num cenário de economia aquecida. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4%.

Um novo aumento deve ser anunciado na próxima reunião do Copom, em maio, porém não tão expressivo quanto o desta quarta.

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Para definir os juros, o BC segue o sistema de metas de inflação. Se as projeções estão alinhadas com a meta, de 3% ao ano, é possível baixar os juros. Se estão acima, a tendência é de manutenção ou alta da Selic.

Com a inflação em alta, a instituição tem optado por aumentar a Selic. De acordo com o BC, os motivos da inflação são:

  • a resiliência do nível de atividade;
  • o mercado de trabalho aquecido;
  • a alta de gastos públicos; e
  • o cenário internacional, que tem pressionado o dólar.

Haddad diz que aumento já estava previsto

Questionado sobre a alta da Selic, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o aumento já estava previsto.

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“Esse aumento, na verdade, teve um guidance [orientação] no final do ano passado. Isso que aconteceu. Teve um guidance, o presidente do Banco Central disse em entrevista coletiva que o guidance seria observado”, declarou Haddad.

Segunda reunião de Galípolo no BC

Esta é a segunda reunião do Copom chefiada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assumiu em janeiro deste ano.

Também é o segundo encontro no qual os diretores indicados pelo presidente Lula são maioria no colegiado, ou seja, são responsáveis diretos pela decisão tomada.

Com a autonomia operacional do BC aprovada pelo Congresso Nacional, e válida desde 2021, os diretores da instituição passaram a ter mandato fixo. Até o fim do ano passado, tanto o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, como a maioria da diretoria eram indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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