Os trabalhadores da Racli, empresa responsável pela coleta de lixo em Blumenau, estão em greve. O movimento foi anunciado no sábado (21) e continua nesta segunda-feira (23), sem previsão de término. O grupo faz uma série de reivindicações que envolvem desde reajuste salarial até melhores condições de trabalho. O estopim foi a morte de um funcionário durante o serviço há duas semanas.

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Na manhã desta segunda, o protesto se concentrou na rua em frente à empresa, no bairro Salto do Norte. Por ser um serviço essencial à população, os grevistas afirmam que 30% dos caminhões estão circulando, de acordo com o exigido em lei. Um dos trabalhadores, o motorista Anderson Prade, comenta que com o acidente que matou Ezequiel Ramiro, de 27 anos, as equipes fizeram uma manifestação para pedir por mais segurança. Depois disso, alguns participantes foram demitidos, contam os envolvidos.

— A empresa tem todo direito de fazer isso, mas é uma forma de represália — lamenta Anderson.

Os funcionários pedem pela manutenção dos caminhões, mais equipamentos de proteção individual, reajuste no salário e vale-alimentação, fim das demissões e outras solicitações relacionadas à segurança.

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Até a última atualização deste texto, a empresa não havia se manifestado sobre o assunto. O espaço segue aberto.

O que diz o Samae

Em nota, o Samae disse não reconhecer a paralisação “como um movimento legítimo”. “O Samae tem conhecimento de todas as demandas que vieram à Racli Limpeza Urbana e informa que fiscaliza a empresa de forma bastante objetiva e eficaz. O pedido de aumento de salário está fora do prazo, pois maio é a data-base. O Samae reconhece como um movimento político partidário com objetivo de atrapalhar a corrida eleitoral de 2024 na cidade de Blumenau”, concluiu em nota a autarquia.

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