Um traficante espanhol procurado internacionalmente foi preso na manhã desta quinta-feira (13), em Florianópolis. De acordo com a operação desencadeada pelas polícias Federal e Militar, ele é investigado por lavagem de dinheiro oriunda do tráfico internacional de drogas. Na ação, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão.
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De acordo com a PF, a operação partiu de informações repassadas pela polícia espanhola indicando que o estrangeiro estaria residindo em um imóvel de luxo no bairro Lagoa da Conceição, no Leste de Florianópolis.
O homem estava foragido desde 2019 e era alvo de pelo menos três mandados de prisão, na Espanha, por crimes como falsificação de documentos, tráfico internacional de entorpecentes, organização criminosa e crimes violentos contra a pessoa.
Ao apurar o caso, os investigadores brasileiros localizaram o suspeito e descobriram que ele vivia radicado na Capital há vários anos, com fortes indícios de estar lavando dinheiro oriundo do tráfico de drogas. Ele também apresentava patrimônio sem lastro, como imóveis, veículos de luxo e até uma lancha, de acordo com a PF.
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Imagens divulgadas pela polícia mostram a chegada da polícia à mansão, cujo endereço não foi divulgado. É possível ver carros de luxo estacionados e também a lancha. A PF também recolheu dois relógios Rolex, com valores de R$ 190 mil e R$ 135 mil, conforme consulta feita pelo NSC Total.
Veja imagens da ação
Como ocorreu a prisão
Por meio de medidas de cooperação policial internacional com a Interpol, as autoridades espanholas incluíram o nome do suspeito na Difusão Vermelha, o que possibilitou que a PF solicitasse a expedição de mandado de prisão preventiva para fins de extradição, que foi deferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme a PF, o suspeito ficará recolhido em um presídio de Santa Catarina à disposição do STF, além de responder pelo crime de lavagem de dinheiro.
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— A Polícia Federal tem optado não apenas por localizar, prender e proceder a extradição desses indivíduos procurados internacionalmente, mas também desenvolver em paralelo uma investigação de cunho patrimonial e financeira, visando a identificação e o sequestro da maior gama possível de patrimônio sujo que tenha sido adquirido por eles. Ou seja, ele volta para o país de origem mais pobre do que ele chegou, e não somente preso — declarou o delegado da Polícia Federal, Alessandro Netto Vieira.
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