Era noite de sábado quando as chuvas intensas que caíam sobre o Vale do Itajaí trouxeram as primeiras consequências na região do Morro do Baú, em Ilhota. Por lá, morros vieram abaixo e fizeram a cidade ser o epicentro da tragédia de 2008 com o maior número de mortos: 47 no total.

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O isolamento por conta das dezenas de escorregamentos na localidade e a falta de comunicação – não havia área de telefonia móvel na região – fizeram os moradores do Morro do Baú ficarem em martírios entre lama, barro, destruição e mortes. Só dois dias depois do estopim da catástrofe que os primeiros helicópteros sobrevoaram a região, resgatando sobreviventes e levando mantimentos àqueles que ainda não poderiam ser retirados de lá.

No chão, houve quem escrevesse "SOS", sinal universal para o pedido de socorro depois de quatro dias isolado entre a floresta e a lama (confira na galeria de fotos abaixo). No Complexo Esportivo do Sesi, em Blumenau, sobreviventes eram levados de helicóptero. Famílias à espera de entes queridos e lamentação marcavam a ida ao local seguro.

Pensei que o mundo ia acabar. Tem muita gente morta lá

Valdemar Schmitt, morador do Morro do Baú, após o grande deslizamento no local.

Ilhota foi devastada, a cidade não existe mais”

Paulo Drun, diretor de Defesa Civil de Ilhota.

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