Ecossistemas e desafios de empreendedores
(Foto: Foto: Arte NSC Total)

Em 2018, cinco startups brasileiras foram classificadas como “unicórnios” — empresas com valor de mercado maior que 1 bilhão de dólares. Os atuais unicórnios brasileiros são 99, Nubank, iFood, Stone, Arco e Gympass. A grande expectativa de 2019 está nas catarinenses Neoway e Resultados Digitais, da capital, e na Conta Azul, de Joinville, apontadas como empresas prestes a entrarem nesse seleto grupo, de acordo com a pesquisa Corrida dos Unicórnios no Brasil, feita pela empresa Distrito e a KPMG.

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O dado nos mostra o avanço do ecossistema catarinense e quão grandes são as possibilidades de empreender no Estado, tendo um terreno fértil esperando por projetos inovadores. Muitas são as iniciativas estaduais que merecem destaque: recentemente divulgamos, por exemplo, a lista das selecionadas para o programa de capacitação do Startup SC do Sebrae/SC, foram 376 inscrições. Com a expansão do programa para mais duas cidades — Chapecó e Blumenau — o grau de interação dos negócios com as necessidades de cada região é cada vez maior. Além dessas cidades, também há turmas em Florianópolis e Joinville.

Mas quais são as características desses unicórnios, o que podemos aprender com eles? Primeiramente, destaco denominação, que está intimamente ligada à intenção de associar essas iniciativas com feitos grandiosos, os unicórnios sempre foram símbolo de pureza e força, na tecnologia o nome está ainda associado às elevadas cifras. Assim como lendas que se tornam realidade, as startups unicórnio alcançaram níveis muito acima do esperado. Não descarto, aqui, que este modelo também tem riscos.

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Além do valor de mercado elevado, esse tipo de startup ainda possui dois principais pontos em comum: a estratégia de mercado e o foco no cliente, com o constante aprimoramento dos serviços oferecidos. Possuem ainda inovação disruptiva, quase todas elas romperam com o segmento de mercado que atendem, exemplo disso é a Uber, que modificou a forma como as pessoas usam táxis.

Esse foco no consumidor também está relacionado ao modelo de negócio B2C (business-to-consumer), presente na maioria das unicórnios, assim, as iniciativas vendem seus produtos diretamente para o consumidor. Ouvir o consumidor é uma das grandes lições que as unicórnios podem deixar para outros empreendedores, deixando um canal aberto para o diálogo, o negócio pode crescer além das suas expectativas, pois a visão do cliente final pode oferecer insights ainda não percebidos.

As startups se tornam unicórnios com algumas estratégias em comum, como crescimento exponencial, são impulsionadas por investimentos de risco, por vezes não buscam o lucro no primeiro momento, e procuram atingir o maior número de possível de consumidores.

Por enquanto, contamos com algumas unicórnios brasileiras, e três catarinenses na expectativa de logo alcançarem o patamar de raridade das unicórnios. Não há dúvida de que o caminho é difícil, mas gestão e formação sólidas contribuem para que o objetivo de ser uma empresa com valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares não permaneça tão distante.

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