Três homens foram condenados a penas somadas de mais de 114 anos de prisão, em regime fechado, pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, incêndio, porte ilegal de armas de fogo e munições e organização criminosa, nesta terça-feira (2), em Florianópolis.

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De acordo com o Conselho de Sentença da Vara do Tribunal do Júri da comarca da Capital, o trio matou um rival e tentou matar outro, na localidade do Travessão, no bairro Rio Vermelho, no dia 24 de março de 2024. O juízo negou o direito de os três condenados recorrerem em liberdade. Outros dois homens serão julgados pelos mesmos crimes futuramente.

Segundo o processo, as vítimas e os réus eram integrantes de diferentes organizações criminosas do Rio Grande do Sul. Para matar dois rivais, um grupo de cinco homens montou um plano de execução e de fuga.

Ainda segundo o documento, quatro homens entraram em um veículo e foram até a rua Caminho das Acácias, por volta das 19h40min, quando avistaram as vítimas. Três acusados desceram do veículo e fizeram diversos disparos de arma de fogo. Uma das vítimas morreu no local e a outra conseguiu fugir, ainda que atingida por um disparo no braço.

Depois, os quatro fugiram até a servidão Dunas Verdes e atearam fogo no veículo, que quase incendiou algumas residências. O quinto participante resgatou os quatro executores em outro automóvel e fugiu para a Serra catarinense.

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A Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal conseguiram interceptar o veículo no município catarinense de Bocaina do Sul. Com os acusados, foram apreendidas as seguintes armas e munições:

  • duas pistolas calibre 9 mm, com numerações suprimidas;
  • cinco carregadores calibre 9 mm;
  • uma espingarda calibre 12, com numeração suprimida;
  • três carregadores calibre 12;
  • 68 munições de calibre 9 mm e mais 10 munições de calibre 12.

O motorista do primeiro veículo, que executou o crime, foi condenado à pena de 45 anos, um mês e sete dias de reclusão. Ele já possuía outras três condenações por práticas criminosas, conforme o processo. A segunda pena mais pesada, de 39 anos, oito meses e 24 dias de reclusão, foi para outro executor. Já o terceiro condenado pegou 30 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado como os demais.

*Sob supervisão de Jean Laurindo