Seis homens sendo cinco brasileiros e um holandês, foram resgatados em alto-mar por um navio cargueiro de bandeira liberiana, operado por uma tripulação chinesa, após ficarem à deriva próximo à costa de Sergipe. A embarcação saiu de Itajaí para o Rio Grande do Norte quando, em 10 de março, foi atingida por ondas violentas.
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O grupo enfrentou momentos de desespero depois que o barco de pesca afundou devido a danos estruturais causados por fortes tempestades.
Durante cinco dias, os tripulantes lutaram para retirar a água que inundava o barco, mas acabaram perdendo todos os sistemas eletrônicos e de comunicação. Sem alternativa, entraram em uma balsa salva-vidas e, na escuridão da madrugada, conseguiram sinalizar para um navio que passava ao longe.
O cargueiro, comandado pelo capitão Huang Yongchao, respondeu ao pedido de socorro emitido pelo Departamento Marítimo do Brasil e iniciou buscas, localizando os náufragos após mais de uma hora de procura.
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“Foi uma sensação de voltar a viver. Tivemos muita sorte de sermos vistos pelo navio”, relatou o brasileiro Marcelo Bellas, proprietário do pesqueiro.
O resgate foi possível graças à comunicação estabelecida pelo único estrangeiro do grupo, um holandês que estava no Brasil a passeio e conseguiu dialogar em inglês com os tripulantes chineses. Após serem acolhidos no cargueiro, os pescadores desembarcaram em Santos, onde foram recebidos com emoção.
O capitão Huang destacou que o resgate foi uma obrigação moral: “Minha reação imediata foi que precisávamos salvá-los, independentemente de qual país fossem”.
Este foi o segundo resgate de brasileiros em mar aberto em um ano, relembrando o caso de Marcelo Osanai, que sobreviveu ao naufrágio de um veleiro no Atlântico em 2023.
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