Chapecó, conhecida como a “capital” do Oeste Catarinense, vai muito além do turismo de negócios e feiras agroindustriais. A região preserva raízes profundas da colonização italiana, alemã e cabocla, o que originou uma rota de turismo rural rica em sabores e paisagens.
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Ao buscar o que fazer na rota de turismo rural de Chapecó visitando vinícolas e cafés coloniais, o viajante encontra uma experiência autêntica de interior, marcada pela hospitalidade familiar e mesas fartas.
Como se planejar para conhecer Chapecó
Antes de iniciar seu roteiro pelas linhas e comunidades rurais, é fundamental entender a logística da região.
- Como chegar: O principal acesso é pelo Aeroporto Serafim Enoss Bertaso (XAP), que recebe voos diretos, como de Florianópolis. Para quem vai de carro, o acesso é pelas rodovias BR-282 e BR-480. De Florianópolis, a viagem pode durar mais de 8 horas.
- Melhor época: O turismo rural funciona o ano todo. No inverno, o clima frio favorece a gastronomia de massas, vinhos e café colonial. No verão, as trilhas e balneários próximos ao Rio Uruguai são mais convidativos.
- Transporte: Para percorrer a rota rural, alugar um carro é imprescindível. As atrações são distantes do centro urbano e o transporte público não atende as áreas rurais com frequência turística.
- Reservas: Muitos cafés coloniais e propriedades rurais atendem apenas mediante agendamento prévio ou em finais de semana específicos.
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Principais atrações da rota rural
A rota de turismo rural de Chapecó, muitas vezes integrada à “Rota do Desbravador”, oferece atividades que misturam história, natureza e, principalmente, gastronomia.
Gastronomia típica e produtos coloniais
O ponto alto do turismo na região é a comida, e a influência italiana é predominante.
- Cafés Coloniais: Diferente de um café da manhã comum, o café colonial servido nas comunidades rurais é uma refeição completa, servida geralmente à tarde/noite, com pães caseiros, cucas, queijos, salames, polenta brustolada e geleias.
- Vinícolas e Cantinas: Embora Chapecó não tenha a mesma densidade de grandes vinícolas do Vale dos Vinhedos, a produção artesanal é fortíssima. É possível pequenas cantinas familiares e produtores de vinhos de mesa, sucos de uva integrais e cachaças artesanais. A degustação acontece, muitas vezes, na própria casa do produtor ou em empórios rurais.
Natureza e patrimônio histórico
- Trilha do Pitoco: Localizada na Linha Alto Capinzal, é ideal para quem quer queimar as calorias do café colonial. Possui sequência de cachoeiras e natureza preservada.
- Museu da Colonização (Residência da Família Bertaso): Situado no Parque das Palmeiras, é essencial para entender o contexto histórico dos imigrantes que fundaram as comunidades rurais que você visitará.
- Vale do Rio Uruguai (Goio-Ên): Embora mais focado em lazer náutico, o trajeto até lá passa por diversas propriedades rurais e oferece vistas panorâmicas das encostas produtivas.
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Dicas práticas de segurança e economia
Para garantir que sua experiência na zona rural seja tranquila, atente-se a estes detalhes:
- Pagamentos: Embora muitos locais aceitem cartão e PIX, o sinal de internet pode oscilar nas áreas mais afastadas (como na região do Pitoco). Leve sempre uma quantia em dinheiro em espécie.
- Condições das estradas: As estradas principais são asfaltadas, mas o acesso final a muitas propriedades e cantinas é feito por estrada de terra. Dirija com cautela, especialmente se tiver chovido.
- Horários de funcionamento: O comércio na cidade fecha, mas o turismo rural tem horários específicos. Muitos locais de café colonial abrem apenas aos sábados e domingos. Ligue antes de ir para não perder a viagem.
- Compras: Comprar vinhos, queijos e salames diretamente nas propriedades rurais costuma ser cerca de 20% a 30% mais barato do que nos mercados do centro da cidade, além de garantir um produto mais fresco.






