O Vaticano divulgou um texto na segunda-feira (15), esclarecendo que para a doutrina da Igreja Católica a homossexualidade é “um pecado” e que os padres não podem abençoar o casamento gay.

Continua depois da publicidade

> Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp

A instituição encarregada de preservar o dogma católico abordou a questão por meio de uma pergunta que muitos católicos fazem: “A Igreja tem o poder de conceder a bênção às uniões de pessoas do mesmo sexo?”. A resposta da instituição foi direta e clara: “negativo”. 

Num documento assinado pelo cardeal Luis Ladaria, prefeito da congregação, conhecida no passado como Santo Ofício da Inquisição, constata-se que “em alguns ambientes eclesiais, projetos e propostas de bênçãos para uniões de pessoas do mesmo sexo estão sendo difundidos”. 

“Não é lícito conceder uma bênção a relacionamentos, ou mesmo a casais estáveis, que impliquem uma prática sexual fora do casamento (ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher aberta, por si só, à transmissão da vida), como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo”, especifica o texto.  

Continua depois da publicidade

O documento lembra que, para a Igreja, “Deus nunca cessa de abençoar seus filhos”, mas “não abençoa e não pode abençoar o pecado”, insiste a entidade.  

> Por que 28 de junho é o Dia do Orgulho LGBTI?

Aval do papa

O texto foi aprovado pelo papa Francisco, cuja posição sobre a homossexualidade é menos contundente. 

Há cinco meses, Francisco disse em uma entrevista que “as pessoas homossexuais têm o direito de estar dentro de uma família” e que devem ter o direito de serem cobertas legalmente, o que gerou polêmica. 

A frase provocou a ira dos setores mais conservadores, entre eles vários bispos e cardeais, e elogios das associações de defesa dos homossexuais, que consideraram sua abertura histórica.  

Continua depois da publicidade

O Vaticano mais tarde especificou que Francisco não questionou o dogma do casamento entre um homem e uma mulher e que ele estava se referindo às leis adotadas pelos Estados.

*Com informações de AFP