Famosos como Leo Picon, Felipe Neto e Valesca Popozuda se manifestaram sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a escala 6X1. O caso repercutiu nas redes sociais nos últimos dias e recebeu, até esta segunda-feira (11), mais de 100 assinaturas. Para chegar à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a proposta precisa de ao menos 171 nomes.
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Nesta segunda-feira, Leo Picon usou a conta do X (antigo Twitter) para se posicionar contra a proposta. O influenciador falou que os pequenos empresários seriam prejudicados caso a redução de jornada seja aprovada e chamou a proposta de “cortina de fumaça” e “canetada populista”.
“Essas ideias populistas abordadas de forma rasa no fim se tornam piores para a população. São apresentadas de uma forma que parecem ser maravilhosas, gerando pressão por parte da própria população que será prejudicada futuramente”, escreveu ele.
Proposta para acabar com a escala 6×1 chega a 100 assinaturas
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Picon também afirmou que não é adepto da escala 6X1 em nenhum dos seus negócios e deixou claro que não é herdeiro ou possui “grande fortuna”. A proposta tem como inspiração o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que já conseguiu 1,3 milhão de assinaturas em um abaixo-assinado online.
“Sabe o que daria mais tempo para o trabalhador do que tirar o 6º dia da escala de trabalho de 44h semanais? Ficar menos de 2h no trânsito todos os dias, creches e escolas em período integral, não sufocar salários em impostos que não retornam, diminuir a taxa de juros, educação pública que contribua para o crescimento profissional”.
Já a funkeira Valesca Popozuda se manifestou a favor do fim da escala 6X1 e afirmou que é uma “escala que prejudica qualquer ser humano a ter uma vida com qualidade e saúde mental”.
“De se dedicar a uma faculdade ou curso extra, de viver momentos de lazer com a família e amigos e tem DEPUTADO me falando que a pessoa quer ‘vadiar’ é triste”, escreveu a cantora nas redes sociais.
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O youtuber Felipe Neto também se manifestou a favor da PEC. Na sua conta do X, o influenciador criticou a postura de Luiz Marinho, ministro do Ministério do Trabalho, e diz que aguarda o reconhecimento “do erro grosseiro e vergonhoso desta tarde”.
Nesta segunda, o ministro afirmou que o fim da escala de trabalho 6×1 deve ser negociado em “convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados”.
MC Binn, que já trabalhou em escala 6×1, se posicionou a favor da PEC. O funkeiro disse que todas as pessoas que são contras deveriam trabalhar “sábado e domingo recebendo salário mínimo e tendo que levar almoço de casa”
“Já trampei na 25 sai às 06 da manhã voltava 00:00 dia de folga só servia pra dormir sei na pele como é !!! Tem q protesta memo tem que lutar mesmo pelos direito povo tá certo”, escreveu.
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Veja quem são os famosos
O que é a escala 6×1
Atualmente, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) prevê algumas formas para dividir as 44 horas da jornada semanal de trabalho. Dentre elas, a escala 6×1, em que o empregado tem seis dias consecutivos de trabalho e um dia de descanso. Nessa escala, a empresa pode definir quais são os dias trabalhados e qual o dia da folga. Além disso, um dia de trabalho nessa escala gira em torno de 7 horas e 30 minutos.
A escala é uma das mais adotadas no Brasil, especialmente no varejo, restaurantes, hotéis e na indústria. O dia de folga não precisa, necessariamente, ser no fim de semana, mas a cada sete semanas, o trabalhador precisa folgar no domingo.
O que diz o Ministério do Trabalho
Segundo O Globo, o Ministério do Trabalho (MTE) defende que o fim da escala de trabalho 6×1 deveria ser tratado em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados.
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“O MTE acredita que essa questão deveria ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados. No entanto, a pasta considera que a redução da jornada de 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, diante de uma decisão coletiva”, diz a pasta.
O MTE afirma ainda que tem acompanhado de perto o debate sobre o fim da escala de trabalho 6×1. “Esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, levando em conta as necessidades específicas de cada área, visto que há setores da economia que funcionam ininterruptamente”, acrescenta o Ministério.
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