Um velejador de 39 anos, identificado como David Reiser, morreu após o pequeno barco dele virar em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina. Ex-salva-vidas, engenheiro de produção, artesão e professor de construção naval da Associação Náutica de Itajaí (ANI), David era um velejador experiente e compartilhou nos stories do Instagram momentos do passeio. Ele chegou a pedir ajuda aos colegas enquanto estava na água. O socorro, porém, não chegou a tempo.
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O homem foi encontrado boiando, com o colete salva-vidas, a 100 metros do veleiro virado, na região pertencente a Navegantes, segundo os bombeiros militares. Os socorristas foram acionados depois que David pediu ajuda aos amigos da marina, por volta das 18h de sábado (6). As equipes sabiam que o último contato havia sido feito entre a Meia Praia e o molhe do Rio Itajaí-Açu em Navegantes.
Cerca de duas horas após o início das buscas, uma embarcação dos bombeiros o localizou. O corpo será velado a partir das 18h deste domingo (7) na capela mortuária Angelus, no bairro Fazenda, em Itajaí, e o sepultamento está previsto para as 9h de segunda-feira (8).
Antes de morrer, David compartilhou vídeos que fez durante o passeio (veja prints abaixo). Ele filmou momentos desde a saída da marina da ANI até o período em que as ondas começaram a ficar fortes. Demonstrando bastante conhecimento sobre a atividade, narrou de forma tranquila as adversidades trazidas pelo forte vento sul:
— Vou usar a vazante para ir na Barra e volto pelo lado de Navegantes. Voo bala, vamos ver se esse barco aguenta o tranco, entrei numa batedeira aqui — disse ao mostrar a ondulação intensa, que fazia o veleiro mexer de um lado para o outro constantemente.
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Nas redes sociais, a comoção pela perda trágica é grande. David foi descrito como um amigo incrível. “Daqueles homens raros, que se dedicam por inteiro em tudo o que fazem e assim chegou até a ANI. Entrou no projeto de construção naval amadora como aluno e, depois, tornou-se professor voluntário, compartilhando com generosidade e carinho todo o seu conhecimento e paixão que carregava em si”, escreveu a ANI.
“Seu coração gigante, sua energia e irreverência, sua disposição em ajudar sempre — tudo isso fez dele um exemplo vivo de altruísmo, solidariedade e fraternidade. Mais do que isso: foi um super pai, super marido, amigo presente e multitalentoso. Mesmo no pouco tempo que caminhou ao lado da família ANI, David deixou um legado enorme. Ele nos inspira a viver intensamente, a doar o que temos de melhor, a valorizar cada momento”, termina a nota da associação.
David era pai de uma menina.
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