A Venezuela e a Nicarágua não conseguiram entrar na lista de possíveis países parceiros do Brics. A decisão coincide com o desejo do Brasil, que não queria os dois países no bloco, e fez pressão política para que eles não entrassem na lista, segundo apuração da TV Globo. Embora não tenha ocorrido veto formal, fontes ouvidas pela TV Globo dizem que “os russos sabem da irritação de Lula com Maduro [presidente da Venezuela, reeleito em eleição contestada]”. As informações foram divulgadas pelo g1.

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O Brics (palavra que significa tijolos, em inglês, surgiu numa concepção no meio acadêmico no início do século de que esses países construiriam o futuro do mundo) é um grupo formado por países de economias emergentes originalmente reunindo Brasil, Rússia, Índia e China. Em seguida, entrou a A África do Sul e, no início de 2024, outros países aderiram: Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Uma reunião de cúpula está sendo realizada em Kazan, na Rússia, nesta semana.

Nesta terça-feira (22), durante reunião, os membros que compõem o Brics fecharam a relação de países que podem aderir ao grupo de parceiros do bloco.

Estão na lista Argélia, Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Os líderes dos países-membros do Brics, que estão na Rússia, discutirão em jantar a adesão de cada um dos listados.

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Entretanto, ainda não está definido se todos passarão, de fato, a fazer parte do grupo.

Lula era esperado na cúpula dos Brics, mas não viajou por recomendação médica, após cair no banheiro de casa e bater a cabeça. Apesar do incidente, o presidente passa bem de saúde.

Relações estremecidas

Em agosto, as relações entre o Brasil e a Nicarágua sofreram um estremecimento, após o governo nicaraguense decidir expulsar o embaixador brasileiro, Breno Souza da Costa. Em reciprocidade, o governo brasileiro mandou embora a embaixadora da Nicarágua em Brasília, Fulvia Matu.

Já a Venezuela enfrenta forte repressão do ditador Nicolás Maduro e cenário ruidoso com o governo brasileiro e diversos outros atores globais.

O chanceler Mauro Vieira, que chefia a delegação do Brasil em Kazan, deve conversar com o presidente Lula, para tratar da lista final de países. Também foi incluída nas negociações um reforço sobre a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, pleito da diplomacia brasileira que vem sendo defendido pelo presidente Lula.

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