VÍDEO: Morador “arrasta” jacaré pela cauda por rua de Florianópolis e quase é mordido

Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra um jacaré sendo arrastado pela cauda para fora de uma rua movimentada no bairro Cachoeira do Bom Jesus, em Florianópolis. O animal estava parado no meio da via, próximo a uma faixa de pedestres, quando um morador decidiu agir para evitar acidentes — e, pelo visto, acabar com o trânsito que se formava devido à presença do réptil no local (assista abaixo). As informações são do g1 SC.

O caso ocorreu no último domingo (30). No vídeo, o animal aparece no meio da rua, com carros parados e pedestres por perto. O homem segura o animal pela cauda e o arrasta até uma área de mata, enquanto os vizinhos acompanham a situação. O jacaré tenta mordê-lo, mas acaba se escondendo no mato.

Assista ao vídeo

O g1 SC conseguiu contato com o morador que fez o resgate. Se trata de Maurílio Camilo, de 54 anos, que estava em casa quando os vizinhos o chamaram para ver o animal. Ele disse que agiu por impulso, com medo de que o jacaré fosse atropelado.

— Cheguei lá e tentei espantar, mas ele não saiu. Foi um impulso para evitar um acidente com criança, pessoa ou veículo. É uma rua movimentada — disse.

Ao g1 SC, Maurílio também disse que já viu animais silvestres outras vezes na região, mas nunca nessa situação. Depois de levar o jacaré para o mato, recebeu fotos que mostravam que o animal já estava em outro local.

Biólogo orienta a população sobre os riscos

De acordo com a Polícia Ambiental, não há indícios de crime na situação em específico, uma vez que tudo indica que o morador apenas tentou devolver o animal ao seu habitat. A Lei nº 9.605/98 considera crime matar, caçar, perseguir ou manter em cativeiro animais silvestres sem autorização.

Neste caso, o biólogo Christian Raboch indica chamar órgãos ambientais ou os bombeiros.

— Isso garante a segurança do animal e da pessoa que faz o resgate. O jacaré pode morder, é sua única defesa. No vídeo, o morador improvisou, mas evitou que o animal fosse atropelado ou agredido. No fim, ele voltou para o mato e tudo certo — afirmou.

*Sob supervisão de Luana Amorim