A advogada Aline Borges da Silva e a mãe foram agredidas por policiais militares no estacionamento de um supermercado em Içara, no Sul do Estado. As agressões foram registradas no último sábado (9). De acordo com Aline, ela foi atacada com gás de pimenta, chutes e imobilizada com um joelho no pescoço. Já a mãe, que é servidora do Ministério Público, sofreu um tapa no rosto, além de choques elétricos e empurrões.

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Aline estava no supermercado com a mãe e o namorado. A Polícia Militar (PM) foi acionada para atender uma ocorrência de importunação de um homem contra uma funcionária no mesmo estabelecimento. A advogada resolveu checar a situação, e segundo a vítima, neste momento os policiais começaram a discutir com ela, até partirem para as agressões.

Um vídeo feito por testemunhas no local mostra o momento da agressão.

Veja o momento em que a advogada é agredida

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A advogada atua em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e estava de passagem por Santa Catarina. Na segunda-feira (11) ela foi à delegacia prestar os esclarecimentos e realizar um exame de corpo de delito. Aline relata que sofreu hematomas e cortes nos braços, mãos e no rosto. A Polícia Civil confeccionou um termo circunstanciado por resistência e desacato contra os policiais.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um procedimento extrajudicial próprio para acompanhamento e apuração dos fatos, através da 2ª Promotoria de Justiça de Içara. A delegacia de polícia de Içara está com o caso.

Nesta quarta-feira (13), a reportagem tentou contato com o delegado responsável, porém não houve retorno.

Policiais seguem nas ruas

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) representada pela instituição do Rio Grande do Sul e a subseção no Sul catarinense, pediu para que os agentes envolvidos nas agressões fossem afastados. No entanto, segundo a PM, os militares seguem trabalhando enquanto aguardam a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM).

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Nesta quarta-feira (13), a OAB informou que irá ingressar com pedido judicial para o afastamento dos militares, caso a solicitação não seja acatada pela corregedoria.

O que diz a PM sobre o caso

A PM afirma que os envolvidos na ocorrência estão sendo investigados por meio de um inquérito policial.

“Na noite deste sábado, 9, guarnições da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) do 29° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Içara, foram acionadas para atendimento a uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de um supermercado, onde a princípio uma funcionária de um supermercado e um cliente haviam se desentendido. Este estaria supostamente injuriando a trabalhadora. As atitudes dos policiais estão sendo investigadas ao deterem duas mulheres que se envolveram durante o atendimento da primeira ocorrência. Elas acabaram sendo conduzidas à Delegacia de Polícia Civil, juntamente com as outras partes da primeira ocorrência. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos”, informou a PM em nota.

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