Um desentendimento entre dois vereadores da cidade de Modelo, no Oeste de Santa Catarina — município com pouco mais de quatro mil habitantes — chamou atenção da imprensa regional e das redes sociais. O motivo? A expressão inusitada utilizada por um parlamentar ao se referir ao colega durante a sessão ordinária realizada na última segunda-feira (7).

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

O vereador Neuro Gonçalves Barboza (PSDB) dirigiu-se ao colega Lucas Felipe Eichler (MDB), que também é 1º secretário da Mesa Diretora, chamando-o de “piá pançudo”.

A palavra “piá” é típica do vocabulário de regiões do Sul do país, como o Oeste catarinense, e é usada para se referir a meninos ou jovens. Já a expressão completa “piá pançudo” é geralmente usada de forma pejorativa, com o sentido de alguém imaturo, mimado ou irresponsável.

A fala de Barboza ocorreu durante uma crítica que tecia à conduta do colega, sugerindo que Eichler teria utilizado um tempo de fala para exaltar conquistas pessoais e elogiar terceiros, em vez de abordar questões relevantes à comunidade.

Continua depois da publicidade

— Mas isso é coisa de piá pançudo, falar uma coisa dessas: ‘três vitórias em uma eleição’ — afirmou Barboza.

Eichler reagiu imediatamente, pedindo respeito:

— Pra que chamar de piá pançudo? — disse, visivelmente ofendido.

A discussão prosseguiu, com Barboza acusando o colega de não conhecer bem o município e insinuando que o grupo político de Eichler “acha que manda em tudo”. Ao final de sua fala, Barboza pediu desculpas aos demais vereadores pelo tom do desabafo.

Assista ao trecho da sessão em que ocorre a discussão entre os vereadores:

A reportagem procurou os vereadores citados por meio da assessoria de comunicação da Câmara Municipal de Modelo, que direcionou o contato para a assessoria jurídica, que também foi buscada. Até o fechamento deste texto, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações dos parlamentares e da Câmara.

O delegado Éder Matte confirmou que o caso foi registrado na Polícia Civil, e disse que as imagens da sessão serão analisadas para entender o contexto da fala.

Continua depois da publicidade

Leia mais

Carro abandonado com chave na ignição levanta suspeita e revela crime em Chapecó

Grupo tenta camuflar maconha com café, mas acaba descoberto em Chapecó