Um vigilante atento ajudou a Polícia Militar a desmascarar um esquema de “chupa-cabras” em caixas eletrônicos de Timbó. Entre o início da ação dos criminosos e o momento da prisão da quadrilha se passaram cerca de 24 horas. Por envolver agência bancária, o grupo detido foi levado para a Delegacia da Polícia Federal em Itajaí.

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As apurações apontam que os criminosos chegaram à cidade em um veículo Jetta na segunda-feira (31) à noite. Eles começaram a observar agências bancárias e chegaram, inclusive, a tirar fotos da área onde ficam os caixas eletrônicos. Na terça (1º), o vigilante da Caixa Econômica na Avenida Getúlio Vargas percebeu os “chupa-cabras” em dois terminais de autoatendimento.

Segundo a Polícia Militar, o vigilante da agência retirou os equipamentos dos caixas e chamou as autoridades. A corporação informou que “o dispositivo consistia em uma placa eletrônica conectada a uma câmera e alimentada por bateria”. Acredita-se que os “chupa-cabras” conseguiam coletar informações bancárias dos clientes que colocavam o cartão do caixa eletrônico.

Emboscada para prendê-los

Na noite de terça, a inteligência da polícia conseguiu identificar que o Jetta estava novamente entrando em Timbó e indo para o Centro. Quando a PM chegou, encontrou um homem dentro do veículo e outros dois do lado de fora. No automóvel, encontraram itens como cabos conectores, teclado de computador, aparelhos celulares, carregador portátil, caixa de câmera HD e estiletes, possivelmente usados no crime.

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A polícia disse que o trio detido é o mesmo identificado nas imagens internas da agência. Os homens, dois de São Paulo e um venezuelano, teriam dito que estavam em Timbó a passeio e o destino final era o litoral catarinense. A PM informou que nenhum deles tem histórico de crimes semelhantes, mas acredita que o grupo seja o mesmo que atuou em Papanduvas, no Norte do Estado.

O caso será apurado agora pela Polícia Federal. Os homens devem responder por associação criminosa e estelionato.

A Caixa Econômica disse, em nota, que monitora ininterruptamente as salas de autoatendimento e, quando identificada ação criminosa nos equipamentos, as medidas cabíveis são adotadas, para combater fraudes e golpes. Citou ainda que, em caso de movimentação não reconhecida pelo cliente, é possível fazer o pedido de contestação em uma das agências do banco, portando CPF e documento de identificação. As contestações são analisadas de forma individualizada.

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