Natural de Porto Alegre, o cantor Vitor Kley tem em Balneário Camboriú, no litoral catarinense, o lugar onde criou memórias importantes. Foi na cidade, também, que ele carrega as lembranças junto com o pai, o tenista Ivan Kley, que morreu em abril deste ano. E é essa relação que o cantor, que é um dos principais nomes do cenário da música popular brasileira (MPB) e do pop nacional atual, busca mostrar no álbum “As Pequenas Grandes Coisas”, que também marcou a estreia do cantor como produtor musical.

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Conhecido por grandes sucessos como “O Sol”, “Morena” e “Pupila”, Kley foi tenista por influência do pai. O artista o homenageou na canção “Vai por Mim”, uma das 11 músicas presentes no disco.

Em entrevista exclusiva ao NSC Total, Vitor Kley explica que o maior desafio para assinar algo como produtor musical foi ter coragem, já que ainda existe o instinto de autossabotagem.

— Parece que eu ainda não sou capaz de fazer isso, mas as pessoas falam “meu é bom demais, é muito legal” e tu fica “não, ainda não é bom”. Então acho que coragem seria a palavra que define assim… E feliz que a gente teve essa coragem, pois eu estou muito feliz com o álbum — explica o artista.

Ao ser questionado sobre como foi mostrar um lado mais vulnerável nesse novo trabalho, o cantor avalia que foi legal e que ele, enquanto fã, gosta de ver os artistas se desafiando.

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— Eu acho legal também quando a gente mostra outros lados, até porque a gente é meio sol, meio lua, meio alegria, um pouco de tristeza também, de desafio, de coragem, de conquista. […] Então, eu acho interessante a gente se desafiar nesse lugar da vulnerabilidade — diz.

Sobre a conexão com Santa Catarina, o artista revelou que tem quatro paradas obrigatórias quando vem para o estado: primeiro a casa da mãe, ver a Tita (sua segunda mãe), pegar umas ondas na Praia Brava, em Itajaí, e jogar uma partida de tênis com os amigos de infância.

— Acho que quando eu venho pra cá agora, me remete muito ao tênis, assim, acho que deve ser meu véio lá de cima falando “ah, agora vai voltar pro tênis, moleque”, e são coisas que batem muito em mim, o surfe e o tênis aqui, e ver a família — conta.

O músico disse, ainda, que, se pudesse escolher qualquer artista para produzir uma faixa, escolheria a banda Lagum.

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— Eu acho que eu gostaria de produzir meus amigos da Lagum! Eu acho que a gente ia dar uma mistura boa, aí Pedrão, Zani, Chicão, Jorge — brincou, fazendo o convite à banda.

Confira entrevista