Proponho um exerício rápido para que se entenda o tamanho do problema que o atual colapso na mobilidade do Litoral Norte impõe a todas as regiões de Santa Catarina. Mesmo que seja uma região específica do Estado, onde a população dos outros pontos catarinenses pode se pensar dissociada dos impactos, vale analisar a relevância do local onde estamos falando. O trânsito na BR-101, entre Porto Belo e Balneário Piçarras, envolve algumas das principais economias catarinenses, é caminho para quatro portos e faz conexão entre as três maiores cidades do Estado.
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Mais do que investir para que a população da região possa circular com normalidade, uma ação urgentíssima no Litoral Norte é desafogar SC. A produção do Oeste catarinense, por exemplo, sofre para chegar aos portos e ganhar corpo na economia diante de tanta fila e do represamento das demandas. Isto sem falar no turismo, que também perde com as pessoas paradas nos congestionamentos ou até mudando planos por conta disso.
A retomada dos projetos executivos da agora chamada Via Mar, que será uma paralela à BR-101 Norte, é um alento. Mas que só vai ter efeitos práticos em, no mínimo 10 anos. Os estudos demoram dois anos para serem concluídos.
Depois virá a decisão sobre concessão ou PPP, o que depende de aval do TCE-SC. Por fim, a contratação da empresa que fará a construção e administração da estrada. Uma obra longe e cara, prevista para até R$ 9 bilhões.
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É por isso que o governo do Estado precisa encabeçar uma discussão sobre como a ANTT e a Arteris vão melhorar a BR-101 Norte até que a Via Mar saia do papel. O colapso já chegou.