O fechamento de atividades por dois finais de semana em Santa Catarina é a nova opção do governo do Estado para enfrentar o colapso da Covid-19. Com fila de espera por um leito de UTI, não há mais chance de erro. Essa opção não existe para os catarinenses no atual estágio da pandemia. As medidas precisam funcionar. Já percebe-se que somente com aumento de leitos de UTI – que são fundamentais – não vamos sair dessa. A discutida efetividade de restrições somente aos finais de semana será testada na prática já a partir da noite desta sexta-feira (26).
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O quadro catarinense é gravíssimo: faltam unidades de terapia intensiva, prefeitos pedem socorro por falta de atendimento, médicos apontam superlotação nos hospitais e o número de casos ativos aumenta a cada dia. Pelas estatísticas, a tendência é de saturação do sistema de saúde nas próximas semanas, com muita preocupação sobre equipamentos e insumos nas unidades de saúde.
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Diante disso, o governo do Estado, as prefeituras e as pessoas precisam fazer o novo decreto funcionar. A fiscalização, diferentemente dos últimos meses, tem de ser diferenciada. A consciência comportamental será ainda mais necessária, e os municípios não podem se distanciar do comando das decisões.
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Como disse lá no começo desse texto, o erro não está dentro das possibilidades. E explico melhor: acima do atual quadro de colapso em SC, somente um cenário de trágico que vai colocar ainda mais vidas em risco. Nesta semana, médicos passaram a escolher quem entra para a UTI e quem vai ter que esperar por terapia intensiva.
Mais do que isso é o caos Somente com rigor é que o Estado vai conseguir reduzir os casos. O grande problema atual é que as medidas passam a ter efeito prático somente com 15 dias. Por isso é que mesmo com restrições aos finais de semana, de segunda à sexta-feira os catarinenses não podem baixar a guarda.
A curto prazo, o cenário ainda será gravíssimo. Ele serve de alerta para reações rápidas, tantos das pessoas, com cuidados diários, como dos governos, com oferta de estrutura e insumos para o enfrentamento à doença. A opção escolhida pelo Estado já recebe críticas de especialistas, mas como foi a escolhida, tem de gerar resultados.
 
				 
                                    