Em entrevista à rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni disse que Florianópolis é uma das cidades cogitadas para receber os brasileiros que virão da China em quarentena do coronavírus. Segundo ele, a palavra final será do Ministério da Saúde. Outra cidade citada pelo ministro foi Anápolis, em Goiás. A entrevista ocorreu no programa Atualidades.

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Lorenzoni diz que entre 30 e 40 brasileiros devem ser transportados da China para o Brasil em um processo de viagem que está programado para começar nesta terça-feira com a ida de profissionais brasileiros para buscar. A hipótese de Florianópolis, disse o ministro, veio por conta de "uma base em condição de fazer isolamento". Ele fez referência à Base Aérea, que fica no Sul da Ilha, onde também há um hospital.

Ele também cita que há mais alternativas no Nordeste, sem falar em nomes de cidade. A escolha do local da quarentena é uma das etapas finais antes do começo do processo de volta dos brasileiros que estão na China.

Segundo apurou o colega Lucas Paraizo, a secretaria de Estado da Saúde foi convocada para uma reunião sobre o coronavírus na próxima quarta-feira, em Brasília. Os brasileiros que estão na região mais próxima ao ponto onde surgiu a doença fizeram um apelo em vídeo para que o governo os transporte de volta.

O Ministério da Saúde divulgou a lista dos hospitais brasileiros que estão preparados para receber pacientes com casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Embora nenhum caso tenha sido confirmado até esta segunda-feira (3) no Brasil, o país tem pacientes com suspeita da doença aguardando o resultado de exames.

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Santa Catarina possui dois hospitais de referência segundo o Ministério da Saúde, ambos em Florianópolis: Hospital Nereu Ramos e Hospital Infantil Joana de Gusmão — para pacientes com menos de 15 anos.

Anápolis e o césio 137

Uma das explicações para Onyx ter citado a cidade de Anápolis como cogitada para receber os brasileiros em quarentena do coronavírus foi o maior acidente radiológico do mundo, o césio-137, que ocorreu em Goiânia. No campo radioativo, o caso só não foi maior do que o de Chernobyl. À época, em 1987, a cidade de Anápolis serviu de base para atendimento à população local. Centenas de pessoas morreram contaminadas pelo elemento em Goiás.

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