Neste 18 de junho de 2020, quando a Operação Chabu completa um ano, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, tem o seu “Dia D” na investigação da Polícia Federal (PF). A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele terá sua análise final na tarde desta quinta-feira (18), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre. Gean foi um dos presos da ação da PF que investiga uma suposta organização criminosa que vazaria informações de operações policiais.

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Apesar da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspendeu a decisão sobre a denúncia por conta do pedido da defesa de um dos investigados, o desembargador Leandro Paulsen, relator do caso no TRF4, entendeu que o julgamento do prosseguimento ou não da denúncia contra o prefeito da Capital deveria ser mantido. A determinação foi publicada nesta quarta-feira (17).

Paulsen afirmou que “apenas e tão somente ao quanto ao prefeito Gean Marques Loureiro é que o recebimento da denúncia será levado a julgamento, sendo certo que a sua presença é que atrai a competência originária deste tribunal” por conta do foro privilegiado. A defesa já havia apresentado a sustentação oral em vídeo.

Do ponto de vista político, este 18 de junho ganha relevância. Os desembargadores vão decidir se Gean se torna réu no processo, algo que certamente terá bastante peso contrário. Por outro, lado, o prefeito pode ser excluído da ação em caso de arquivamento da denúncia, o que também representaria um forte impacto político, desta vez favorável a ele.

O resultado deve ser conhecido depois das 16h, o prazo máximo para a votação virtual na 4ª Seção, responsável por analisar processos contra prefeitos. A denúncia do MPF que pesa sobre Gean é por organização criminosa.

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A defesa do prefeito afirma que “os fatos que o vinculariam foram cabalmente desmistificados e desnecessário, ao nosso sentir, aguardar todo o moroso trâmite de um processo que já teria um fim em si mesmo”. Caso o tribunal entender pelo recebimento da denúncia, a defesa diz: “continuaremos com a atitude de sempre cooperar com o judiciário e provar a injustiça feita com o Prefeito e sua família”.