Foram seis anos com Adenor Leonardo Bacchi, o popular Tite, no comando da Seleção Brasileira. Oitenta e um jogos – aproveitamento de 80%. Uau!!! Uma Copa América conquistada, outra perdida para a Argentina no Maracanã, duas eliminações de Copa do Mundo, ambas nas quartas de final. Mas ele teve aproveitamento de 80%. E o que fica disso tudo?
Continua depois da publicidade
Nada.
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
Perdemos a essência de nosso estilo, não temos laterais ofensivos, não temos um camisa 10 clássico (como o croata Modric, por exemplo). Não temos um líder em campo, não temos padrão de jogo, não temos jogadas ensaiadas. Temos, é verdade, talentos individuais e individualistas. Não ficou nada.
O print é eterno! Patrocinadora anuncia camisa da França com três estrelas e apaga depois
Continua depois da publicidade
“Ah, mas esses números enormes e consagradores?”, certamente perguntarão. Basta fazer uma rápida pesquisa para tudo ficar mais claro. São vitórias sobre uma penca de adversários sem importância, em eliminatórias e amistosos medíocres. Bolívias, Perus, Venezuelas, Coreias, com todo o devido respeito. Vitórias enganosas sobre seleções pequenas, que nos encheram de esperança e arrogância na busca do hexa.
Fifa anuncia Mundial de Clubes com 32 equipes a partir de 2025
Estamos atrasados. Ficamos para trás. São cinco Copas seguidas eliminados por rivais europeus. Não estamos mais na “prateleira de cima”, como gostam de dizer os comentaristas futebolísticos. Somos hoje uma seleção mediana com uma história lindíssima. Não passamos disso. Com Tite, foram seis anos e duas Copas jogadas no lixo. Aquele didatismo professoral, aquele jeitão e a linguagem de coach, aquela falsa modéstia para camuflar alguma soberba e algum desconhecimento. Depois de seis anos fica a sensação de que fomos iludidos.
Leia outras colunas de Cesar Seabra
A CBF, a maior responsável por esses fiascos, busca agora uma nova cara. Fala-se num técnico estrangeiro. Seja quem for, pegará um cenário ruim. Seja quem for, terá a tarefa árdua de montar uma seleção forte e identificada, de verdade, com os torcedores brasileiros. Em seis anos, o “professor” Tite, adorado por boleiros e jornalistas-pachecos, não conseguiu.
Boa sorte e bom trabalho ao sucessor. Bom descanso, Seu Adenor.
Leia também:
Você lembra? Veja onde estão os jogadores finalistas da França na Copa do Mundo de 2018
Veja os uniformes que Argentina e França usarão na final da Copa do Mundo
Campeão da Copa do Mundo vai faturar mais de R$ 200 milhões; veja as premiações