Um estudo feito pela pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pedido do Tribunal de Cotas do Estado (TCE-SC), mostrou que a telessaúde pode ajudar a solucionar a demora por atendimentos médicos, e resultar em uma economia de até R$ 70 milhões por ano aos pequenos municípios.
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O levantamento apurou que há uma disparidade na distribuição de médicos no Estado, o que aumenta as filas de espera e provoca o fenômeno da “ambulancioterapia”, em que os pacientes são levados de uma cidade a outra para uma consulta ou exame médico.
Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), no seu documento “Atlas da Demografia Médica no Brasil”, divulgado no ano passado, “os estados brasileiros que possuem maior densidade de médicos por 1.000 habitantes são o Distrito Federal (5,53), Rio de Janeiro (3,77), São Paulo (3,50) e Santa Catarina (3,05). As menores densidades são encontradas no Pará (1,18 médico por 1.000 habitantes), Maranhão (1,22) e Amazonas (1,36)”.
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No entanto, a maioria dos médicos em SC está concentrada nas regiões metropolitanas. Enquanto na Grande Florianópolis, a média é de 12 médicos para cada mil habitantes, nas cidades com menos de 50 mil moradores – 90% dos municípios catarinenses – a média não chega a um médico para cada mil pessoas.
A estimativa do estudo é que, com adoção dos serviços de telessaúde, que permitem consultas e até alguns exames online, pelo celular, o transporte de pacientes possa ser reduzido em 60%, ou seja, 900 deslocamentos a menos por dia – o que traria uma economia milionária aos cofres públicos. Atualmente, apenas 20% dos atendimentos em SC são feitos online ou por telefone, segundo o levantamento.
– A telemedicina será uma ferramenta de saúde fundamental para dar atendimento com dignidade para aqueles que não tem acesso a saúde integral pela distância ou pela ausência de profissional – afirmou o conselheiro Luiz Eduardo, relator dos processos relacionados à saúde na Corte de Contas. Ele aponta ainda que o maior desafio desse sistema, hoje, é encontrar as plataformas corretas de gerenciamento.
A análise reconhece a dificuldade das pequenas prefeituras em fazer esse tipo de contratação, e recomenda consórcios intermunicipais para disponibilizar o serviço de forma integrada – o que deve ser sugerido pelo TCE às prefeituras.
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