A decisão do Ministério da Agricultura de experimentar um projeto-piloto de certificação dos barcos de pesca através de órgãos estaduais poderá permitir que as exportações para a União Europeia sejam retomadas já em março. Esta é a expectativa da Cidasc, que iniciará o trabalho de inspeção nos barcos catarinenses em 15 dias, e espera concluir a primeira etapa rapidamente.
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Na terça-feira, uma reunião na Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca definiu a forma de trabalho. A fiscalização da Cidasc recebeu um formulário com uma série de itens a serem observados nos barcos e atracadouros. De acordo com o presidente do órgão estadual, Enori Barbieri, o check list inclui a garantia de que todos os barcos estejam rastreados por sistema GPS, avaliação das condições sanitárias e do controle de temperatura.
Santa Catarina possui cerca de 500 embarcações, mas a prioridade será para 50 barcos e atracadouros que estão envolvidos na cadeia de exportação. A Cidasc pediu apoio ao Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) para a logística de inspeções, já que a maioria dos barcos está em atividade.
A certificação é provisória, até que o Inmetro publique as normas que valerão para todo o país. A dúvida está no posicionamento da União Europeia _ os dados do projeto-piloto podem não ser aceitos.
Além de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia passarão pela inspeção através de órgãos estaduais. A Cidasc já possui um convênio com o Ministério da Agricultura, que facilitou o intercâmbio. Na semana que vem o órgão estadual deverá receber a visita de um técnico de Brasília, para treinar os fiscais que farão as vistorias
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No ano passado, as exportações catarinenses para a Europa somaram US$ 2,49 milhões. O Estado envia aos países europeus atum, tamboril, corvina, pargo e garoupa, além de ovas de tainha.
