O Ministério da Agricultura (Mapa) pediu apoio à Cidasc para agilizar a inspeção das embarcações de pesca catarinenses. O acordo entre governo federal e governo do Estado vai permitir a retomada mais rápida das exportações para a União Europeia, que estão suspensas desde o dia 3 de janeiro.

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Uma reunião na manhã desta terça-feira, na Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca, em Florianópolis, vai definir os detalhes sobre a operação. A Cidasc vai executar o trabalho planejado pelo Inmetro, que estabelecerá normas a serem seguidas pelos barcos brasileiros. Com o apoio do órgão estadual, o processo promete mais celeridade. O trabalho começará por Itajaí, maior polo pesqueiro do país.

A pressa se justifica: a ova da tainha é o principal produto de exportação catarinense para a Europa, com alto valor agregado. A safra começa em três a quatro meses, um prazo curto para que todas as pendências com a União Europeia sejam sanadas.

Em janeiro o diretor de Conformidade do Inmetro, Luiz Antonio Lourenço Marques, esteve em Itajaí para conhecer e avaliar embarcações para a criação de uma normativa, que vai regrar equipamentos e procedimentos a serem utilizados nos barcos brasileiros. As normas fazem parte do conjunto de medidas a serem adotadas para restabelecer o envio de pescado para a Europa.

A suspensão das exportações foi determinada pelo próprio Mapa, numa tentativa de evitar uma ruptura mais drástica por parte dos países europeus. O motivo foi um relatório da União Europeia que apontou problemas com o pescado brasileiro. Os pedidos incluem mais rigor no controle de metais pesados, regulamentar os pontos de desembarque e melhorar o controle de temperatura das embarcações.

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