A prefeitura de Balneário Camboriú monitora a redução da faixa de areia na região da Barra Sul, na ponta da praia. A orla já diminuiu pelo menos 70 metros na região, que é historicamente um dos pontos mais sensíveis ao avanço do mar da Praia Central. Em 2021, toda a faixa de areia passou por uma megaobra de alargamento — uma empreitada que custou mais de R$ 88 milhões.
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O alargamento aumentou em média de 25 para 70 metros a faixa de areia em toda a praia. Na Barra Sul, no entanto, aterrou-se mais que o dobro do restante da obra. Quando o projeto foi concluído, a faixa de areia no local chegou a 180 metros. No momento, está com 110 metros segundo o cálculo oficial.
Na época, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) questionou a mudança repentina de projeto, que não constava no licenciamento, e chegou a notificar a prefeitura. Na época, o engenheiro Rubens Spernau, fiscal do contrato, explicou que houve sobra de material e decidiu-se reforçar o aterro na Barra Sul, já contando com a erosão marítima mais acentuada no local.
Como o alargamento mudou Balneário Camboriú um ano após início da obra
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— Quando foi feito o projeto de alargamento pela empresa HDI, da Dinamarca, já se previa erosão na região Sul, por isso colocamos mais areia lá. Mesmo assim houve, conforme o previsto, erosão. Mas está no limite de perfil de projeto. Vamos buscar estabilizar.
O projeto de estabilização já foi licitado e deve começar nos próximos dias. A faixa de areia será cavada cerca de dois metros para a instalação de tubos geotêxteis cheios de areia, que deverão conter o avanço do mar. A obra custará R$ 3,5 milhões.
Alargamento de Balneário Camboriú fez obras multiplicarem em praias no Brasil
Segundo Spernau, o levantamento periódico contratado pela prefeitura para acompanhar a obra aponta para um problema localizado na Barra Sul e não indica erosão e perda de faixa de areia no restante da praia.
Há 20 anos, a região da Barra Sul já havia recebido um aterro que, pouco a pouco, foi sendo “engolido” novamente pelo mar. Antes da megaobra de alargamento de 2021, a Barra Sul quase não tinha mais faixa de areia, e era comum que o mar invadisse a Avenida Atlântica em situações de ressaca. Com o alargamento, o problema foi resolvido.
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