O Ministério da Saúde suspendeu, nos últimos dois meses, repasses para 40 leitos de UTI-Covid em Chapecó. Por falta de previsão orçamentária, a habilitação dos leitos não foi renovada. A informação é da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania), que encaminhou um ofício à Comissão de Orçamento pedindo a liberação urgente de recursos extras para a saúde. 

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A falta de reabilitação atingiu 35 leitos em dezembro em Chapecó, e mais cinco tiveram o repasse de verbas federais suspenso em janeiro. Os custos têm sido cobertos principalmente pelo Governo do Estado, mas a deputada alerta que, em muitos casos, os hospitais estão sendo obrigados a suspender a oferta por falta de recursos. O problema atinge todo o país.

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O impasse ocorre porque o governo federal não incluiu recursos específicos na saúde para o combate à Covid-19 no orçamento de 2021. No ano passado, a verba para a habilitação de novos leitos veio da chamada PEC de Guerra, que estabeleceu medidas emergenciais de enfrentamento. Essa PEC perdeu a validade.

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Membro da Comissão Mista do Orçamento na Câmara dos Deputados, Carmen Zanotto encaminhou pedido de liberação emergencial de R$ 5,2 bilhões para a saúde, pelo menos metade para a manutenção e abertura de novos leitos de UTI e enfermaria.

_ Na peça orçamentária para 2021 não temos uma ação específica de Covid. Também pedi à Comissão Mista de Orçamento, através de requerimento, a criação de uma ação especifica para Covid. Senão ficará mais difícil ainda o enfrentamento. Sem sombra de dúvidas, o grande desafio que temos na Câmara Federal é a garantia de mais recursos para a rotina, o dia a dia da saúde, que já são escassos, e além disso a continuidade de atendimento à pandemia – diz a deputada.

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Faltam profissionais

Para além dos recursos, no caso de Chapecó também preocupa a falta de pessoal para atuar no atendimento aos pacientes. Nesta segunda-feira, Carmen Zanotto conversou com o presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Ademar Paes Júnior, e o presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Gelson Luiz de Albuquerque.

– A maior dificuldade é que o grupo está cansado, muitos estão afastados por suspeita de Covid, ou porque algum familiar está positivado – comenta a deputada.

Apesar da prioridade que os profissionais da linha de frente têm na campanha de vacinação, a maioria ainda não recebeu a segunda dose e por isso não está imune.

Uma das alternativas discutidas pela parlamentar com os representantes das entidades é a possibilidade de maior integração com as instituições de ensino.

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