Estrelas do mercado imobiliário nacional, Balneário Camboriú e Itapema, que lideram o ranking do metro quadrado mais caro do país, tiveram uma ligeira desaceleração nos índices de valorização em 2024. É o que mostra o mais recente relatório FipeZap, divulgado nesta terça-feira (4), com dados do mês de maio.
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Se considerada a valorização dos cinco primeiros meses do ano, tanto Balneário Camboriú quanto Itapema ficaram levemente abaixo da média das cidades avaliadas pelo FipeZap, que representam os 50 maiores mercados imobiliários do país. O índice médio de aumento de preços no Brasil foi de +2,93%. Em Itapema, que ocupa o segundo lugar no ranking, o percentual ficou em +2,87%. Em Balneário Camboriú, foi de +2,53%.
Líder absoluta no valor do metro quadrado no Brasil há mais de dois anos, Balneário já vinha dando sinais de estabilização. Nos últimos 12 meses, valorizou +5,98% – o dobro da inflação, mas praticamente empatada com a média nacional, que ficou em +6,07%.
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A líder de mercado teve um bom mês de maio, com uma das melhores valorizações do estado, de +1,17%. Itapema, no entanto, que vinha segurando o índice surpreendente de +13,10% de valorização nos últimos 12 meses, teve um mês bem mais discreto, com +0,27% de valorização de preços.
A desaceleração é possível ser constatada comparando os dados com os do mesmo período no ano passado. Em maio de 2023, os imóveis em Balneário Camboriú acumulavam uma alta de 7,21% no ano e de vertiginosos +22,46% em 12 meses.
Em Itapema, eram +8,71% desde janeiro e 18,58% de alta em 12 meses. No mesmo período, a média do índice FizeZap foi e +2,02% de janeiro a maio, e de +5,67% em 12 meses.
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Especialista em mercado imobiliário, o consultor Bruno Cassola diz que essa desaceleração nas duas cidades que têm o metro quadrado mais caro do país é um fenômeno natural:
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– No período pós-pandemia o mercado do país viveu o auge, e aqui tivemos um potencial muito grande de alavancagem. Mas o mercado em Balneário Camboriú, especialmente, tem ciclos de cinco anos. É o prazo de aquisição dos terrenos, execução das obras e entrega. É natural depois de um ciclo de crescimento ocorra uma estagnada – avalia.
Ainda segundo ele, uma análise importante a ser feita pelos investidores é que, apesar da desaceleração, o mercado local continua em alta – nunca registrou baixa de preços, ao contrário e outros mercados no país, onde eventualmente ocorre desvalorização por diferentes fatores.
A tendência, no entanto, é que a estabilidade dure pouco tempo. Cassola acredita que novos investimentos, públicos e privados, tragam uma nova onda de aceleração de preços em breve:
– A cidade tem que entregar ais diferenciais para manter o índice de valorização, e vêm pela frente o novo calçadão da Avenida Atlântica, novas opções de entretenimento e melhores empreendimentos. A nova linha de produtos (da construção civil) parte de R$ 6 milhões na Avenida Brasil, e os lançamentos à beira-mar partem de R$ 20 milhões na planta. A tendência, portanto, é dar um novo salto.
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