Mais e mais empresas de diversos setores da economia se integram ao mundo da tecnologia. É a 4ª onda da inovação, que leva as companhias a se unirem a startups para melhorar suas performances usando seu potencial ou criando novos produtos e serviços. Muitas vezes, são inovações disruptivas que eliminam as anteriores. Essa onda e seus impactos foi o destaque da palestra do professor do Departamento de Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Eduardo Moreira da Costa, durante a inauguração do NSC Lab, braço de inovação tecnológica da NSC Comunicação no Impact Hub, terça-feira (dia 23 de abril), na Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), em Florianópolis.

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Seguindo a máxima de que todas empresas, num futuro breve, serão de tecnologia, o professor contou que numa palestra em que assistiu nos Estados Unidos um executivo da Boeing chamou atenção ao dizer que o negócio da companhia era software. Como?

O negócio é projetar aviões. Mas projetar aviões é software porque o grande talento da Boeing é  desenvolvimento de automação. A informação confirma o que se sabe: a indústria aeronáutica faz uso intensivo de tecnologia de ponta em aviões.  

Essa 4ª onda de inovação reúne internet das coisas (IoT), o que permite todo produto ter um número e ser identificável; e inteligência artificial, viabilizando uso intensivo de tecnologias digitais e cruzamento de dados.

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Com o NSC Lab, a NSC Comunicação busca o desenvolvimento de produtos relacionados à inovação, gerar ideias e testá-las de forma rápida, explicou o diretor de Operações e Produtos Digitais, Bruno Vatté.

Muitas companhias de expressão, de diversos setores, estão optando pelo ecossistema de inovação de Santa Catarina – principalmente de Florianópolis, Joinville e Blumenau – para fazer essas parcerias com startups. Nos últimos anos, entre as que abriram Labs no Estado estão a WEG, Engie Brasil Energia, Marisol, Ambev e Brognolli Negócios Imobiliários. Há também o Darwin Statups, com parceiros corporativos como a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), Neoway, RTM e a americana Transunion.

Em Jaraguá do Sul fica a sede da Spin, primeira aceleradora startup-indústria do Brasil, que ajuda a aproximar startups inovadoras, indústrias e investidores interessados em negócios escaláveis. Fundada e presidida por Beny Fard, a Spin já conta com filiais em Joinville, Blumenau e São Paulo e, em breve, estará também em Curitiba. Apesar desse avanço em Santa Catarina de empresas na 4ª onda da inovação, o próprio ecossistema de startups do Estado avalia que essa integração de empresas tradicionais locais com o setor ainda é baixa e pode avançar. Um dos alertas sobre isso vem justamente de Joinville, o maior polo industrial do Estado. A contratação de inovação local é um caminho para a experimentação e fortalecimento da economia de uma região e de um país. 

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