Pesquisas do IBGE mostraram que as principais atividades econômicas de Santa Catarina fecharam com crescimento ou estabilidade no mês de julho. A indústria e os serviços cresceram frente ao mês anterior, na série com ajustes sazonais e o comércio ampliado ficou estável. Mas os dados mostram uma redução da atividade econômica no estado em função da taxa básica de juros Selic em 15%, definida pelo Banco Central com o objetivo de diminuir atividades para reduzir a inflação. Além disso, já surgem impactos do tarifaço dos Estados Unidos, que afeta diversas empresas e isso impacta na economia.
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A produção industrial catarinense, segundo o IBGE, cresceu 1,1% em julho na comparação com o mês anterior, na série com ajustes sazonais. Cresceu 4% no acumulado do ano e 5,3% em 12 meses. Os dados que mostram o menor ritmo recente foi a queda de -0,8% em junho frente a maio e de -0,2% em maio frente a abril.
A maior alta em julho frente ao mesmo mês do ano passado foi no grupo de produtos de metal e a maior queda, na mesma comparação, foi nos produtos de confecções (-6,%) e móveis (-5,9%).
A pesquisa sobre o comércio ampliado mostrou que as vendas de SC ficaram estáveis no mês de julho frente a junho, mês anterior, na série com ajuste. No mês de junho, nesse indicador, cresceram 2,2%, mas em maio, caíram -2,6%. No acumulado do ano, o setor cresceu 3,7% e em 12 meses cresceu 5,2%.
A maior alta em julho frente ao mesmo mês do ano passado foi alcançada pelo grupo de supermercados e hipermercados, de 8,7%, e a maior queda, foi registrada no grupo de móveis e eletrodomésticos, de -12,6%.
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O setor de serviços encerrou julho com crescimento de 0,9% frente ao mês anterior, mas sente o impacto dos juros altos desde o primeiro semestre. No mês anterior, junho, recuou -0,7% frente a maio e em maio teve queda de -1,1% frente a abril. No ano, o setor cresceu 4,3% e em 12 meses até julho, teve alta acumulada de 5,6%.
Segundo o IBGE, entre os grupos pesquisados no setor, o “Outros Serviços” teve alta de 7% em julho frente ao mesmo mês de 2024 e a maior queda foi em serviços prestados às famílias, de -4,6%.
O cenário econômico continua o mesmo para os próximos meses, com taxa básica de juros Selic em 15% para conter a inflação e dificuldades em função do tarifaço dos Estados Unidos que afeta empresas, mas são impactos que abrangem outras atividades gradualmente.