Como forma de reconhecer o peso da construção civil para movimentar a economia brasileira, o presidente Michel Temer veio com uma grande comitiva de ministros para a abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), quarta-feira à noite, em Florianópolis, que reúne mais de mil empresários do país. O setor registra uma tímida retomada depois de sucumbir na recessão ou estagnação por mais de três anos e a culpa é justamente dos políticos. Tomaram decisões erradas ou deram aval para a corrupção que gerou crise enquanto o mundo lá fora seguia crescendo. Após o evento, o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mário Cezar Aguiar, que é empresário do setor, disse que a confiança é fundamental. 

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Mas diante da indefinição tanto para a sucessão presidencial quanto à sucessão estadual, muitas empresas estão em compasso de espera. Esse é o cenário nacional e na maior parte de SC. Em algumas regiões do Estado, como o Litoral que vende para todo o país, e o Oeste, graças ao agronegócio, a situação está melhor. Por isso, a construção apresenta saldo positivo de emprego (2,5 mil vagas) este ano no Estado. A indústria da construção, conforme dados da Fiesc, gera cerca de 90 mil vagas formais em SC. 

— O setor da construção depende do índice de confiança. Os consumidores precisam estar sentindo o país crescendo e ter confiança de que vão continuar empregados para tomar a decisão de fazer uma compra de alto valor como um imóvel – explica Aguiar.  

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Segundo o industrial, a expectativa é de que essa retomada econômica se fortaleça com a definição de candidato que defenda as reformas necessárias. Mas ele alerta que o crescimento precisa ser gradual e equilibrado – em torno de 3% a 4% ao ano – porque o Brasil não tem infraestrutura para suportar uma explosão da atividade econômica. Independente disso, os políticos precisam colaborar mais.   

 

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