A intenção dos catarinenses para ter uma Páscoa festiva é igual à do ano passado: 92,3% dos consumidores vão comprar chocolate nos formatos de ovos, barras e outros. Mas a disposição para abrir o bolso está um pouco menor. Em média, o consumidor do Estado pretende investir R$ 157,69 em presentes para a data, 3,3% a menos do que os planos para o mesmo período do ano passado. Estes são os principais números da pesquisa de intenção de compras de Páscoa realizada pela Fecomércio-SC.
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Vale alertar aos comerciantes que o consumidor deseja preço acessível. Dos 1.902 entrevistados, 44% buscarão o melhor preço e 28% esperarão promoções. A compra de outros produtos além dos chocolates não será expressiva. Apenas 3,9% pensam em adquirir vestuário e calçado e 2,6%, brinquedos, também números muito parecidos com os do ano passado. Chama atenção também a forma de pagamento: 75% pagarão em dinheiro, 9,7% com cartão de débito e 7,4% pagarão à vista com cartão de crédito, ou seja, pouca gente pensa em se endividar, afinal, não haverá dinheiro extra como ocorreu ano passado com a liberação do FGTS de contas inativas.
A pesquisa da Fecomércio apontou que os consumidores de Itajaí pretendem gastar cifra maior em presentes, R$ 185,56, seguidos pelos de Blumenau R$ 177,61; Florianópolis R$ 167,77; Criciúma R$ 148,10; Joinville R$ 139,52 e Chapecó R$ 120,69. Vale alertar que seria melhor uma diversificação maior de consumo, com menos doces e mais produtos como brinquedos e livros. O levantamento apurou que 12,2% também vão viajar na data.
Serviços no vermelho
Está difícil para o setor de serviços de Santa Catarina entrar no azul. Após registrar alta de 4,1% em dezembro frente ao mesmo mês do ano anterior, em janeiro voltou ao vermelho com queda de 1,7% frente ao mesmo mês do ano passado, apontou a pesquisa mensal do IBGE. Na comparação com dezembro, com ajuste sazonal, o setor caiu 7,6%. Os serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram -9,8%, a maior queda. A recessão no setor começou em fevereiro de 2015, há três anos.
Sem turbulência
Ao falar para industriais na reunião da diretoria da Fiesc sexta-feira, a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, disse que não espera ambiente eleitoral que gere turbulência na economia este ano. Mas alertou que o próximo presidente não vai ter lua de mel. Terá que ter agenda clara de reformas.
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