Tanto o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, quanto o secretário da Fazenda, Paulo Eli, afirmaram que o governo está acompanhando os impactos econômicos do coronavírus na arrecadação e em outras contas do Estado e que, nesse aspecto, “não há motivo para pânico”. Paulo Eli estima que as perdas de arrecadação serão sentidas mais em maio e junho, mas informa que a dívida do Estado subiu com o dólar e que o governo já está postergando despesas. Moisés e Eli estiveram na 7ª Vindima de Altitude, em São Joaquim.

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— Temos que fazer plano de emergência. Estamos trabalhamos muito na questão da arrecadação. Já segurei os gastos do grupo gestor. Estamos muito preocupados com essa negociação salarial dos servidores porque ela começou ainda antes do coronavírus – disse o secretário.

Segundo Paulo Eli, a alta do dólar fez a dívida do Estado deste ano saltar de R$ 2,2 bilhões para R$ 2,6 bilhões porque 40% é dolarizada.

O governador chamou a atenção para a importância de ter fornecedores locais ou de mais de um país ao invés de depender, muitas vezes, só dos chineses. Observou que existem empresas com produção um pouco mais lenta em função de impactos de fornecimento devido ao coronavírus.

— Acredito que isso (o coronavírus) não vai impactar negativamente na nossa economia e está servindo de exemplo para a gente rever as nossas bases de fornecedores – afirmou Carlos Moisés, que espera decisão do governo federal sobre a liberação de recursos para melhor atender eventual avanço do coronavírus, que vai gerar despesas na saúde.

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Paulo Eli informou que tem acompanhado as análises econômicas diariamente. Diz que a expectativa é de que Santa Catarina vai ter um impacto negativo na arrecadação a partir de maio e junho. Isso porque a arrecadação de março é movimento de fevereiro e a arrecadação de abril é o movimento de março. Segundo ele, a queda nas bolsas e alta no dólar indicam que os investidores estão com medo.