Após 27 dias com portas fechadas, o comércio de rua de Santa Catarina poderá reabrir nesta segunda-feira, 13 de abril, menos em Florianópolis, que definiu regras próprias mais rígidas. O mesmo ocorre com restaurantes, hotéis e pousadas no Estado e na Capital.

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A autorização do governo do Estado de liberar o comércio de rua e alguns serviços, anunciada neste sábado (11-04) vem com exigências mais rígidas de prevenção à doença, cujos protocolos serão divulgados no Diário Oficial do Estado neste final de semana. A medida estadual, tomada após ouvir o grupo de lideranças que cuida da saúde e o que avalia a economia, traz um alívio para esses setores que estavam sem faturar. Já em Florianópolis, com suspeita de mais de 2,5 mil portadores do vírus, a escolha do prefeito Gean Loureiro foi por um maior rigor no isolamento social, o que é positivo para a prevenção à saúde, mas eleva os desafios e incertezas para os negócios locais.

Impactos no Estado

A determinação de não reabrir shoppings e galerias surpreendeu lideranças que participam das negociações econômicas do governo de SC. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio) disse que esperava a reabertura dos shoppings porque são equipamentos que oferecem segurança. A expectativa é de que esses empreendimentos abram após o dia 30 deste mês, mas dependerá de como estará o isolamento social e controle da pandemia no Estado.

– O shopping é uma atividade econômica igual as outras, que precisa ter abertas suas portas para poder trabalhar e fazer frente a despesas com empregados e todas as demais. O modus operandi é o mesmo que o comércio de rua – explica Breithaupt.

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Santa Catarina tem cerca de 25 empreendimentos que são shopping centers, dos quais alguns são de menor porte, mas juntos somam mais de 4 mil lojas. Existem ainda os shoppings diretos de fábrica e galerias.


Ajuda financeira

Na avaliação do presidente da Federação das CDLs do Estado (FCDL-SC), Ivan Tauffer, a decisão de reabrir o comércio de rua trouxe um alento ao setor. O microempresário sempre teve um caixa mais apertado, por isso a reabertura vai salvar muitos negócios. Das 44 mil empresas associadas das CDLs, 86% são micro e pequenas empresas.

– Agora, a federação vai se mobilizar para ajudar os lojistas na busca de linhas de crédito com juros mais acessíveis que estão sendo oferecidas para as empresas. Muitos vão salvar seus negócios, mas outros vão aproveitar essa crise para fechar porque enfrentavam dificuldades financeiras ou não têm um sucessor na família para tocar o negócio – observa Ivan Tauffer.


Proteção individual

O presidente da Federação das Associações Empresariais (Facisc), Jonny Zulauf, afirma que a reabertura do comércio de rua e alguns serviços resultou de muita argumentação das lideranças empresariais junto ao governo do Estado e vai permitir a sustentação dos negócios.

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– Temos, em contrapartida, o compromisso de cuidar da segurança dos nossos clientes e dos nossos colaboradores. O uso de equipamentos de proteção individual será importantíssimo para continuar com os negócios em operação.

Se as estatísticas mostrarem que o controle está sendo eficaz, vamos conquistar outros espaços – afirmou Jonny Zulauf.