Cresce 29% o número de contribuintes de SC que destinam IR ao social, mas é preciso mais

 A contabilidade sobre as declarações de Imposto de Renda Pessoa Física dos catarinenses mostra que mais contribuintes de SC estão atentos sobre o que fazer com o seu suado imposto. Ela mostra que neste ano aumentou em 28,64% frente a 2024 o número de pessoas que destinaram uma parte do IR a ser pago para projetos sociais, conforme preveem as diversas leis de incentivo. Mesmo assim, o estado deixou de arrecadar mais de meio bilhão de reais porque apenas 3,95% dos recursos foram doados.

Segundo apuração feita pelo Sesi, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) junto à Receita Federal, em 2025, um total de 20.296 pessoas fizeram o repasse, frente a 15.776 no ano anterior.

E o valor doado também aumentou quase na mesma proporção, 27,49%, totalizando R$ 21,4 milhões frente a R$ 16,8 milhões no ano anterior.

Mas o Sesi alerta que apesar do avanço, esses valores ainda são insignificantes diante do potencial que tem o estado. Ficou em 3,95% dos R$ 542,5 milhões que poderiam ter sido destinados caso todos tivessem feito o aporte.

Vale destacar que o contribuinte não paga mais ou menos imposto fazendo essa destinação para fundos sociais. Ele só tem o poder de destinar uma parte do seu IR para investimento social no seu estado, na sua cidade ou até escolhendo o projeto social. Assim, melhora a qualidade de vida no estado.

– Mais uma vez houve aumento no número de contribuintes e no valor doado. Mas ainda estamos longe do potencial. A indústria seguirá incentivando o aporte – afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

A Fiesc é uma das entidades que defendem o uso total do potencial desses incentivos porque eles geram impacto social direto e, também, movimentam a economia do estado.

A Fiesc, todos os anos, tem feito a campanha IRPF do Bem, que orienta os catarinenses sobre como apoiar projetos sociais por meio do imposto de renda. A entidade também faz campanha para que as empresas façam as doações para os fundos, de acordo com o que as leis preconizam para elas. Além disso, a entidade divulgou um manual e orientações para contribuintes pessoas físicas e empresas.