Nos quase 30 anos da volta da democracia no Brasil, foram raras as vezes em que os eleitores tiveram condições de votar para presidente da República num cenário de continuidade da estabilidade econômica, embora isso sempre seja prometido pelos candidatos da situação. Desta vez não há candidato da situação entre os favoritos, mas a maioria dos eleitores fará escolhas de olho numa melhora da economia e em menos corrupção. E os candidatos devem considerar que é preciso fazer ajustes porque o país não suporta mais anos de crise.
Continua depois da publicidade
Um país que precisa de mudanças profundas
Apesar da importância dos parlamentos, quem dita o ritmo da economia no Brasil é a presidência da República. Nos Estados, os governadores podem muito, mas não dá para fazer milagres se o governo federal, que define a espinha dorsal da política econômica, não fizer a coisa certa.
A maioria dos candidatos à presidência, em especial os mais bem posicionados nas pesquisas, não deixou claras as medidas que tomará para fazer o ajuste das contas públicas para colocar a economia nos trilhos.Também pouco falou sobre projetos para a economia dar um salto diante das rápidas mudanças digitais e da necessidade de maior internacionalização. Por isso os eleitores terão que tentar ver nas entrelinhas dos programas dos candidatos que decisões poderão ser tomadas.
Continua depois da publicidade
Entre os mais conceituados analistas de mercado, há os que consideram que qualquer que seja o vencedor haverá ajuste nas contas públicas e retomada do crescimento. Esse grupo avalia que o candidato petista Fernando Haddad também vai arrumar a economia. Mas há o grupo de analistas de mercado que avalia que a candidatura petista é a única que não tem um diagnóstico correto da crise e, por isso, coloca em risco a recuperação econômica. Esse grupo diz que todos os demais candidatos têm um diagnóstico da crise e poderão acertar nos remédios a serem ministrados.
Em Santa Catarina, as três candidaturas ao governo que aparecem melhor nas pesquisas prometem arrumar as contas do Estado. Mas, a exemplo das nacionais, pouco detalharam sobre propostas econômicas. A expectativa é de que programas mais claros serão apresentados no segundo turno. Vamos esperar e questionar.
Leia também:
Eleições 2018: confira os números da terceira pesquisa Ibope para o governo de SC e Presidência