Empresárias de Santa Catarina que estão produzindo queijos de alta qualidade, avançam no mercado e na conquista de prêmios. Duas empreendedoras participaram da Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Operadores de Alimentação de Santa Catarina (FEAL-SC), realizada esta semana, em Florianópolis. Maria Rosinete Effting, fundadora da Queijaria Guinther, de Braço do Norte, e Daiane Borges, da Queijaria Pé da Serra, tem como pontos comuns ter deixado atividades urbanas para atuar no meio rural e são criteriosas na busca de qualidade no mundo dos queijos.
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Maria Rosinete Effting trabalhava com o marido em empresa desenvolvedora de software para o varejo, a Market Automaçõesk de Nova Veneza, Sul de SC. Continua sócia da firma familiar, mas, apaixonada pela vida no campo, em 2003 decidiu investir na pecuária, abrindo a Cabanha Guinther, com produção de leite e genética de bovino da raça Jersey em Braço do Norte.
Mas, nos últimos anos, depois de encerrar mandato à frente da Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ABBC), ela decidiu avançar um pouco mais nessa atividade do agro. Fundou a Queijaria Guinther, fez cursos na área em Minas Gerais e contratou um mestre queijeiro.
Com foco em produtos de alta qualidade, a empresa conquistou o selo Sisbi para vender em todo o Brasil e coleciona outras premiações. Os queijos são feitos com leite da própria cabanha, o A2A2, com zero lactose. Apesar disso, ela fez questão de criar um queijo especial zero lactose.
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– A qualidade do nosso leite permite fazer queijos maravilhosos. É difícil, por exemplo, fazer um queijo bom zero lactose. Mas nós conseguimos fazer um delicioso – destaca Rose Effting.
Com pouco mais de dois anos de mercado, a Queijaria Guinther já conquistou alguns reconhecimentos. Em julho deste ano, por exemplo, no Prêmio Queijo Brasil, em Blumenau, o queijo Guinther Maturado conquistou medalha de ouro e o Montanhês, medalha de bronze. A empresa também conquistou o Selo Produto Jersey concedido pela entidade Jersey Brasil.
Queijaria Boca da Serra
Após atuar por 15 anos como servidora pública da prefeitura de Florianópolis, a farmacêutica bioquímica e técnica em bioquímica Daiani de Bem Borges decidiu se tornar empreendedora rural. Ela e o marido, o engenheiro sanitarista Ricardo Bruggmann Muhle compraram um sítio no pé da Serra do Mar, em Águas Mornas, município da Grande Florianópolis.
– Desde então eu venho estudando, me especializando e me aprimorando no desenvolvimento de queijos. A minha proposta é desenvolver queijos que valorizem as características da nossa região. Eu tenho três queijos autorais – revela a empreendedora.
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Em pouco mais de um ano no mercado, ela já lançou três queijos autorais. O primeiro foi o Floripano, nome em homenagem à Grande Florianópolis, voltado ao consumo do dia a dia. O segundo foi o queijo Maciambu, de casca lavada, um queijo tipo europeu macio. E o terceiro é o queijo Serramar, em peças de cinco quilos, maturado durante 60 dias.
– Todo os meus queijos já são premiados em concursos nacionais e até internacionais. A nossa queijaria vai fazer 2 anos em março do ano que vem – comemora Daiani de Bem Borges.
Ela conta que parte do ano de 2023 foi dedicada a conseguir selo inspeção municipal para a comercialização. Outros selos estão sendo buscados para venda nacional. Nesse meio tempo, a Queijaria Boca da Serra conquistou prêmios pela qualidade dos produtos. Um deles foi o prêmio Superouro do Terceiro concurso de queijos e produtos lácteos, realizado em São Paulo em abril deste ano com o queijo Serramar.
A Boca da Serra produz queijos com leite de um fornecedor local, que segue as regras de qualidade. Enquanto Daiani se dedica ao desenvolvimento de produtos, utilizando os conhecimentos que tem na formação de bioquímica e lê muito sobre o setor, o marido engenheiro cuida da parte técnica do processo produtivo. O plano é crescer com esse foco no mercado de queijos premium.
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