Santa Catarina alcançou em outubro receita de US$ 1,1 bilhão com exportações, 5,2% mais do que no mesmo mês do ano passado. Apesar do resultado positivo, o estado registrou recuo de 20,8% nas vendas aos Estados Unidos em função do tarifaço e de 29,2% para a China devido principalmente ao embargo nas compras de carne de frango do Brasil, que foi suspenso nesta sexta-feira.

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No ano, as vendas externas catarinenses somaram US$ 10,1 bilhões, com crescimento de 5,1% na comparação com os mesmos meses de 2024. Para os Estados Unidos, principal destino das vendas do estado, houve um recuo de 9,3%, e para a China, as vendas recuaram 8,5%.

– As vendas para os Estados Unidos seguem refletindo as altas tarifas aplicadas aos produtos brasileiros. Apesar do início das negociações, ainda não existem resultados concretos que possam mudar essa tendência no curto prazo – afirmou o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Gilberto Seleme.

Em outubro, mais uma vez, a China foi o principal mercado de Santa Catarina no exterior, com vendas de US$ 103,3 milhões, queda de 29,2% frente a outubro do ano passado.

Em segundo lugar ficou a Argentina, que registra um melhor momento da economia, com menos inflação e retomada do crescimento. As vendas para o país vizinho somaram US$ 88,7 milhões, 8,4% mais frente a outubro de 2024. No ano, as vendas para a Argentina cresceram 25,2%.

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O mercado do México foi o terceiro que mais comprou de SC, somando US$ 85,9 milhões e crescimento de 3,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os Estados Unidos seguiram em quarto lugar, com US$ 84,5 milhões, queda de 20,8% frente a outubro de 2024.

No mês de outubro, os dados, que são acompanhados pelo Observatório Fiesc, mostraram um efeito menor do tarifaço nas exportações aos Estados Unidos. Isso porque, enquanto no mês de setembro tiveram uma queda 55% frente ao mesmo mês do ano passado, em outubro, o recuo ficou em quase 21%.

Entre os produtos que tiveram mais vendas no mês passado e evitaram queda maior nas vendas gerais estão motores elétricos, que tiveram aumento de 29,9% nas exportações e partes de motores que tiveram alta de 10,5% nas vendas. No acumulado de janeiro a outubro, as exportações de motores elétricos foram 11,7% menores frente ao mesmo período de 2024 e partes de motores recuaram 22,9% no ano.

O Observatório Fiesc, que acompanha os dados da balança comercial do estado, destaca que os resultados positivos das exportações, tanto de outubro quanto deste ano foram puxados pelas vendas de carnes de ave e suína. As exportações de proteína de ave chegaram a US$ 208,5 milhões em outubro, com alta de 3,7%. Os principais mercados foram Coreia do Sul, Emirados Árabes e Chile.

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A carne suína alcançou faturamento de US$ 162,1 milhões em outubro, com crescimento de 1,8%. O mercado que se destacou foi o de Filipinas.