Há meses, diversos indicadores mostram que a condição financeira das famílias brasileiras está melhor, o que não ocorre com as empresas. Santa Catarina registra situação um pouco melhor do que a média nacional. Nova prova disso é o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores Catarinenses (PEIC), realizada pela Fecomércio-SC. Em julho, o índice de endividamento ficou em 50,5%, o que significa 5,6 pontos percentuais de recuo frente ao mesmo mês do ano passado, que estava em 56,1%, e 2,2 pontos percentuais frente a junho. O total de famílias com contas a partir de um dia de atraso ficou em 18% em julho, enquanto no mesmo mês do ano passado estava em 19,2%. Desses, 10,6% informaram que não terão condições de pagar, mas o percentual de quem não quita dívida mesmo é bem menor, de 2,3%.
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Na avaliação do presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, entre as razões da queda do endividamento estão o uso de planejamento para compras e cautela na decisão de consumo. Apesar do resultado, o varejo não tem o que comemorar porque, devido às indefinições políticas, os investimentos caíram e as pessoas temem pelo futuro de seus empregos.
A pesquisa mostrou também que os consumidores estão fazendo dívidas em mais vezes. Em 2014, o prazo médio de financiamentos no Estado era de 7,8 meses. Agora está em 9,5 meses.
Segundo o economista da Fecomércio, Luciano Córdova, o consumidor está optando mais pela compra de itens à vista, especialmente em supermercados e varejo de confecções e calçados. Está postergando aquisições de maior valor, que requerem financiamento.
– Por isso, os setores de móveis e eletrodomésticos estão engatinhando nessa fase de recuperação da economia – diz.
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