Com cerca de 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo, a Igreja Católica é sustentada principalmente por doações dos seus seguidores. São recursos que vão para o Vaticano, que usa para o custeio das suas despesas e destina uma parte a projetos sociais em diversos países. O papa Leão XIV é o primeiro nascido nos Estados Unidos, país de onde vem o maior montante de recursos de doações de católicos à igreja.

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O último balanço financeiro sobre esse tema, divulgado no Relatório Anual do Óbulo de São Pedro, com dados de 2023 e divulgado em 2024, informa que os Estados Unidos lideraram com 13,6 milhões de euros doados (28,1% do total), seguido pela Itália com 3,1 milhões de euros, o Brasil com 1,9 milhões de euros, a Alemanha com 1,3 milhões e a França, com 1 milhão de euros. Entre os veículos que divulgaram essas informações está o Zenit News, de Roma.

Veja imagens do papa Leão XIV e do Vaticano:

De acordo com o relatório, as doações de fiéis de vários países somaram 48 milhões de euros em 2023, mas não foram suficientes para custear as despesas do Vaticano – estado independente sediado em Roma que lidera o mundo católico. Isso porque as despesas gerais no ano de 2023 somaram 109,4 milhões de euros.

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As contribuições de 48,4 milhões vieram de ofertas dos católicos e de receitas financeiras da remuneração de ativos do Vaticano em US$ 3,6 milhões. Os outros 51 milhões de euros vieram de ativos do Fundo Peter’s Pence, um fundo patrimonial constituído pela arrecadação de dioceses no mundo uma vez por ano.

Do total arrecadado, a maior parte foi destinada para atividades desenvolvidas pelo papa (90 milhões de euros) e 13 milhões de euros foram para assistência direta aos mais necessitados. Ao todo, em 2023 foram 236 projetos em 76 países. O continente com mais doações, 41% do valor financeiro, foi a África.

Os Estados Unidos não são o país com mais católicos, mas acabam liderando as doações financeiras por pelo menos duas razões. Uma é o fato de ser um país mais rico, onde a renda das famílias é maior frente a outros países.  Outra razão é que muitos católicos americanos cumprem as regras e orientações da igreja e, uma delas, é doar 10% da renda para dízimos.

Nos EUA, estima-se que a maioria dos católicos é da ala mais conservadora da igreja. São pessoas mais propensas a fazer doações, mas também são mais exigentes nos ritos e regras religiosos. Esses conservadores são contra, por exemplo, casamentos de pessoas LGBTs.

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