Empresa icônica de moda do Brasil, a Hering, que tem como marca os dois peixinhos, fundada em Blumenau em 1880 pelos irmãos Hermann e Bruno Hering, ganha novo protagonismo. A Fundação Hering, que está comemorando 90 anos de atuação, lança nesta terça-feira (25) o Museu Hering no Metaverso e o Museu Hering Experience. Para acessar o museu virtual basta clicar no endereço www.museuheringnometaverso.com.br

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A versão no metaverso vai projetar a história da empresa para o mundo por meio virtual. Criado com o uso de diversas tecnologias, combinando metaverso, inteligência artificial (IA) e gamificação, o Museu Hering no Metaverso foi desenvolvido pela Metaverso Startup, de Florianópolis, que está migrando para o nome Metaverso VX Virtual Experience. O Museu Hering Experience vai oferecer um tour pela produção e outros ambientes da empresa em Blumenau.

Veja mais imagens do Museu Hering no Metaverso e da equipe da empresa Metaverso VX:

O museu no metaverso vai contar a história da empresa por meio dos seus fundadores trazidos de “volta à vida” por meio de hologramas feitos com inteligência artificial para o metaverso. Os personagens são Hermann Hering (que viveu de 1835 a 1915), a esposa Minna Hering, o irmão dele Bruno Hering e o peixinho, porque Hering, em alemão, é um peixinho.

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Os visitantes poderão interagir com esses personagens via realidade virtual para que falem sobre suas trajetórias. A empresa, que está chegando aos 145 anos, vestiu todas as gerações de brasileiros nesse período com produtos de malha e outros. Atua hoje com as marcas Hering, Hering Kids, Hering Intimates, Dzarm e Hering Sports. Desde 2021, a empresa pertence ao Grupo Azzas 2154.

O projeto Museu Hering no Metaverso foi desenvolvido por uma empresa de tecnologia de Santa Catarina, a Metaverso Startup, fundada em maio de 2022, em Florianópolis, ainda sob influência da pandemia, e que agora está numa transição de nome para Metaverso VX Virtual Experience.

Essa startup é um exemplo de como a tecnologia atrai profissionais para o polo de TI de Santa Catarina. Os empreendedores são Reinoldo Miranda, nascido em Montevidéu, Uruguai, que cursou e administração em Porto Alegre e veio para SC, onde foi diretor da atual Unisociesc, em Joinville; Valmor Rabelo, que nasceu em Porto Alegre, cresceu em São Paulo, cursou engenharia elétrica em Florianópolis teve vários negócios em SC; e por Guilherme Paranhos, nascido em São José do Norte, RS, cursou análise e desenvolvimento de sistemas em Florianópolis e teve agência de marketing virtual.

Os, três que tiveram contatos profissionais anteriores, se reuniram em determinado momento para conversar sobre um negócio em conjunto, que seria uma feira virtual. Acabaram não fazendo a feira, mas concluíram que poderiam ser sócios em um negócio promissor e, no Impact Hub, junto à Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), em Florianópolis, criaram a Metaverso Starup.

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O primeiro projeto foi uma clínica de saúde no metaverso para a empresa AsQ. Na sequência, criaram uma apresentação de empresa de energia eólica para mostrar em feiras e um sistema acompanhamento em tempo real de linha de produção de cervejaria totalmente automatizada com equipamentos Siemens, a Grey Bier. Com essas e outras experiências, veio o convite para fazer o Museu Hering no Metaverso.

– Nós desenvolvemos essa oportunidade de criar ambientes de negócios para o Metaverso porque percebemos que há possibilidade de ter um ambiente virtual real, aliás, tão real quanto físico. Então, basta a gente replicar ou traduzir o mundo real no mundo virtual. Mas, assim, de que maneira eu conecto esses dois ambientes? A gente chama de “figital”. A partir daí, surgem oportunidades de negócio, de rentabilizar – explica Valmor Rabelo Filho.

Ele cita como exemplo o próprio Museu Hering no Metaverso. Ele pode ser visto por milhares de pessoas no mundo por estar no ambiente virtual enquanto fisicamente seriam 20 pessoas por vez. É possível às pessoas interagirem com personagens do museu a partir de um jogo, de algo gamificado. Um ambiente virtual de empregas pode impulsionar negócios.

Para Reinoldo Miranda, o metaverso será a internet do futuro porque permite fazer muitas coisas num ambiente virtual, com interação. Ele vê muito potencial para todas as áreas, com destaque para negócios.

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– Todos os museus, por exemplo, vendem lembrancinhas, camisetas. Isso pode ser vendido virtualmente no museu metaverso. Essa é a parte do negócio. Se for uma empresa, pode expandir para uma loja virtual para a venda de produtos, por exemplo – explica Reinoldo Miranda.

Responsável pela parte técnica e de desenvolvimento dos projetos, Guilherme Paranhos chama a atenção sobre a importância de conhecer esses ambientes para utilizá-los.

– Antes de ingressar num ambiente virtual desses se imagina uma coisa. Mas depois que a gente entra, pensa: nossa!! Uau! Porque eu não conheci isso antes – destaca o empreendedor Guilherme Paranhos.

O Museu Hering no Metaverso estará disponível no mundo virtual a partir da inauguração, nesta terça-feira (25). Uma das opções de visualização será pelo Youtube.

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