O professor catarinense Antenor Naspolini, que tem trajetória nacional e internacional reconhecida pela colaboração para a educação de crianças e hoje é radicado em Fortaleza, no Ceará, aproveitou a feira do livro da cidade natal Criciúma, que vai até esta quarta-feira (12), para lançar o livro que conta a carreira dele, denominado “Semeador de Baobás”. Além da noite de autógrafos dia 5, encontros com familiares e amigos da infância, ele deu várias entrevistas. Uma delas, chamou atenção quando ele falou sobre qual é o ano mais importante na trajetória do aluno.
Continua depois da publicidade
Em longa entrevista na Rádio Cidade em Dia, para o jornalista Denis Luciano, ele disse que o mais importante para a trajetória do aluno é o primeiro ano escolar. Quando o aluno consegue aprender bem no primeiro ano, ele continua os estudos com confiança e segurança. Foi por isso que elaborou o plano Pró-Criança em Santa Catarina, para o governo de Esperidião Amin, para dar atenção às crianças até os seis anos de idade.
Ele contou que aprendeu sobre o ano mais importante para o aluno com uma professora muito competente, que teve em Criciúma na infância, a Dona Íria.
– Quando a Dona Íria, minha professora, fez 75 anos, fizemos uma homenagem para ela. Aí perguntei: se a senhora fosse secretária de Educação de Santa Catarina, qual seria a sua prioridade? Ela olhou para mim e disse: não tenho dúvida, o primeiro ano escolar porque a criança que ‘desemburra’ bem ninguém mais segura – disse o professor ao falar sobre suas memórias na entrevista com Denis Luciano.
Além do Pró-Criança, programa que o governo seguinte, de Pedro Ivo Campos, não deu continuidade, Naspolini elaborou o plano de educação do Ceará que segue até hoje e também prestou consultoria para vários países, pelo Unicef, destacando a importância da educação na primeira infância.
Continua depois da publicidade
Mas ele também foi o planejador do curso de Administração da Udesc Esag, que seguiu do começo até hoje com notas elevadas nas avaliações nacionais.
O título “Semeador de Baobás” tem dois sentidos, segundo o autor. Um é pelo fato de ele ser semeador de educação. E outro é porque ele se tornou também semeador de baobás, árvore gigante e sagrada da África, que é uma das mais longevas do mundo. Dura cerca de 1.500 anos pelo menos. Em breve, o professor fará o lançamento do livro em Fortaleza, para os amigos cearenses.