A falta de profissionais qualificados para o setor de tecnologia, tanto de engenheiros quanto de técnicos, foi um dos temas debatidos em evento sobre robótica e inteligência artificial realizado pela Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) em Joinville, no fim de semana. Uma informação que preocupou mais líderes do setor foi a queda gradativa de formandos nas engenharias no Brasil, enquanto países como China e Índia formam mais de milhão por ano.

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– A informação de que a formação de engenheiros no Brasil está caindo gera muita preocupação. Independentemente de uma política que incentive a formação profissionalizante técnica, ela não pode ser em substituição à universidade. A gente tem que encontrar uma outra solução para a universidade, que precisa voltar a formar mais engenheiros, mais cientistas da computação. Se não, a gente não vai conseguir avançar na pauta da tecnologia – alerta o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho.

Conforme Rizzo, a China está formando 1,3 milhão de engenheiros por ano. E a Índia, cerca de 1 milhão. Ele observa que são países maiores do que o Brasil, mas, mesmo assim, se fosse considerada uma proporção frente à China, por exemplo, que tem população cinco vezes maior que a do Brasil, nós deveríamos estar formando cerca de 300 mil engenheiros por ano.

– Temas como inteligência artificial e robótica, normalmente, são pesquisados, desenvolvidos nas universidades. Isso ocorre no mundo todo. Então, quando a gente vê uma redução no número de formandos nessa área no Brasil nos preocupa – alertou o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho.

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A falta de profissionais com formação técnica também é um desafio para o setor. Mas, além disso, outro gargalo do mercado brasileiro na área de tecnologia é o fato de que  poucas pessoas dominam o idioma inglês, que é o falado e escrito no mundo dos negócios.

– Essa questão do idioma inglês é um problema que a gente sempre teve no Brasil. Acredito que, hoje, está um pouco menos ruim do que, talvez, 10 anos atrás. Mas a linguagem, o idioma oficial da tecnologia é o inglês no mundo inteiro, não só nos Estados Unidos mas em qualquer outro país, como a Alemanha, Itália e França. A informação chega mais rápido em inglês. Então, se você não tem fluência, dificulta muito o aprendizado de tecnologia porque quando a informação é disponibilizada pela primeira vez ela vem em inglês – destaca Rizzo.

Esse cenário mostra que a educação para o setor de tecnologia precisa de um planejamento mais estratégico, inclunindo ciência e habilidade em idiomas.

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