Primeira linha aérea de passageiros entre Santa Catarina e Europa, de Florianópolis a Lisboa, que começa em 03 de setembro pela companhia aérea TAP com três voos semanais, sinaliza que vai aquecer negócios do Estado com Portugal e também com demais países europeus. Um sinal disso é que as passagens para as viagens até o final de outubro já foram quase todas vendidas. Restam apenas algumas unidades para o último voo do mês, mostra o site da companhia.

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Para o presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil Portugal em Santa Catarina, Jatyr Ranzolin Júnior, essa conexão direta com Portugal vai impulsionar negócios e já está motivando a redução de preços de passagens aéreas ao destino europeu por outras companhias. Segundo ele, será oportunidade para mais empresários de SC abrirem negócios de olho no mercado português e de outros países.

– Eu tive uma reunião na Secretaria de Articulação Internacional e fui informado que o foco do governo de Santa Catarina vai ser uma aproximação muito forte com a Europa através de Portugal em função desse voo – afirmou Jatyr Ranzolin.

Empresária catarinense Karen Pagno iniciou atuação em Portugal (Foto: Diganta Debabhuti @photokromze, Divulgação)

Quem já está iniciando atuação em Portugal com esse foco é a empresária Karen Pagno, fundadora e sócia da agência Pagno Comunica, de Florianópolis, que tem 10 anos de atividades nas áreas de design de produto e comunicação. Mais recentemente, ela começou a prestar serviços para clientes catarinenses em Portugal e em outros países. Aproveita oportunidade porque está residindo em Lisboa onde iniciou curso de pós-graduação. O plano agora, é estabelecer filial para ampliar ainda mais os negócios.

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– Começar a expansão dos serviços da agência para o mercado europeu aqui por Portugal é ótimo por conta da língua e da necessidade de serviços de comunicação aqui. Pretendo ampliar para outros países daqui também. Tenho uma cliente, uma escola de línguas, para a qual eu já trabalhei na Itália e provavelmente será o próximo destino para prospecção de clientes – explica Karen Pagno, que vai manter a sede da empresa em Florianópolis.

Conforme o presidente da Câmara, Jatyr Ranzolin, existem algumas diferenças na realização de negócios no mercado português. Ele alerta que os empresários portugueses preferem fechar contratos com empresas brasileiras com filial estabelecida em Portugal, do que somente com CNPJ brasileiro.

Isso porque as leis portuguesas são mais rígidas nos contratos, o que gera mais confiança. Essa opção também é melhor para as empresas brasileiras, porque acabam tendo oportunidade de atuar nos outros países europeus.  

Entre as vantagens de ter filial em Portugal está, também, ter acesso a recursos mais acessíveis de financiamento. Esse foi um ponto destacado em evento recente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que tratou de oportunidades de investimentos no país, com vistas ao mercado europeu.

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O empresário Alexandre Jaleco, CEO da TBMB Consulting, destacou que o fundo Portugal 2030 tem 23 bilhões de euros para subsidiar programas estratégicos de inovação. Uma empresa que aproveitou recursos desse fundo para instalar filial em Portugal foi a C-Pack, indústria de embalagens de São José, na Grande Florianópolis.

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