Desenha-se no horizonte de Blumenau a eleição com o maior número de candidatos a prefeito da história recente. Há pelo menos oito chapas em negociação e é considerável a chance de que seis apareçam na urna, no mínimo.

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Explicam a fragmentação o enfraquecimento dos partidos com o maior número de filiados na cidade e a dificuldade das forças à direita do espectro político de conciliar diferentes projetos.

É sintomático que o eleitor possa vir a encontrar rostos repetidos em relação à disputa de 2016, como Ivan Naatz (antes no PDT, agora no PL) e Arnaldo Zimmermann (do PCdoB para o PSB), enquanto quatro dos cinco partidos que lideraram chapas quatro anos atrás agora exerçam papel coadjuvante: PSD, PSDB, PT e PCdoB. “Voto na pessoa, e não no partido” soa familiar?

Se o ex-reitor da Furb João Natel for o candidato da frente de esquerda, com Ana Paula Lima (PT) de vice, só o PDT participará de dois pleitos consecutivos. Neste campo ideológico, poderá ter a concorrência de Zimmermann. Talvez nem isso.

À direita, o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) enfrentará dura concorrência na tentativa de reeleição. O ex-prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) praticamente selou dobradinha com o empresário Ronaldo Baumgarten Jr. (PSD) de vice. O Partido Novo virá com Odair Tramontin e, da Assembleia Legislativa, podem sair duas candidaturas barulhentas.

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Ivan Naatz participaria do pleito para dar musculatura ao projeto do senador Jorginho Melo (PL) em 2022, enquanto Ricardo Alba (PSL) representa o grupo político de Carlos Moisés — se o governador desembarcar do PSL, esse quadro pode mudar.

São cinco nomes para dividir o mesmo grupo de eleitores (o mais numeroso, a julgar pelas últimas votações em Blumenau). Por fora, correm candidaturas isoladas, como a de Wanderlei Laureth (Avante).

Esta será a primeira eleição sem coligações para o Legislativo. É cada partido por si. A maioria está priorizando a nominata de vereadores em detrimento das negociações sobre o Executivo. Outros entendem que, na nova regra, já não vale a pena montar uma aliança.

Em 2004, Blumenau teve seis candidatos a prefeito. Em 1988, sete. Em ambas as disputas não havia previsão legal de segundo turno. Agora há. E nele só cabem duas chapas.

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