Prefeito e vice de Blumenau prestaram depoimento ao Ministério Público, quarta-feira (13), no inquérito que investiga supostas irregularidades no uso de servidores e equipamentos do município para abastecer as redes sociais particulares deles. Mário Hildebrandt (Podemos) e Maria Regina de Souza Soar (PSDB) foram ouvidos pelo promotor Gustavo Mereles Ruiz Diaz.
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Os depoimentos ocorrem quase quatro meses após a operação que coletou informações de computadores e telefones celulares dentro da prefeitura de Blumenau. Para o MP, o uso de recursos públicos na produção e publicação de conteúdos nos perfis de Instagram a e Facebook dos políticos é ilegal. A defesa contesta, afirmando que são informações de utilidade pública, educativas e de orientação, sem caráter de promoção pessoal.
A investigação é no município, mas tem componentes que interessam a governantes de todo o país. Perfis de prefeitos, governadores e até do presidente Jair Bolsonaro (PL) são abastecidos por assessores, não raro usando telefones celulares e outros equipamentos do poder público. O procedimento pode acabar gerando impactos para além dos limites da cidade.
Prefeito e vice disseram à coluna que não falariam sobre o conteúdo dos depoimentos. A promotoria informou que só cederia o material aos próprios depoentes.
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Provas trancadas
No fim de abril, o Tribunal de Justiça acolheu um pedido da defesa e trancou a operação no interior de secretarias municipais, retirando os aparelhos eletrônicos da investigação. Os advogados de Hildebrandt e Maria Regina alegaram que as informações colhidas poderiam ter sido solicitadas aos investigados, sem a necessidade de busca e apreensão.
Essa parte do processo corre em segredo de Justiça porque houve um pedido de quebra de sigilo telemático dos telefones e computadores investigados.
Correção
A coluna havia informado, até 11h50min de segunda-feira (18), que a operação de busca do MP havia apreendido equipamentos, como telefones e computadores. Na verdade, os aparelhos não chegaram a ser levados pelos investigadores, apenas as informações contidas neles. A versão acima já está corrigida.
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