Para concluir a duplicação da BR-470 são necessários ao menos R$ 550 milhões. A conta é parte de um estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apresentado em Blumenau nesta quarta-feira (22). O orçamento da União em 2023 prevê apenas R$ 111 milhões para a rodovia. O evento teve a presença de empresários, políticos e do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Estado, Alysson de Andrade.
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O cálculo da Fiesc põe em dúvida a projeção do Ministério dos Transportes de concluir a duplicação entre Indaial e Navegantes até o fim de 2024. Para que isso fosse possível, só com uma ampliação repentina no nível de investimento.
Segundo o estudo, o lote 4, em Indaial, é o que demandará maior parcela de recursos (R$ 174 milhões), seguidos dos lotes 3 (R$ 155,5 milhões), 1 (R$ 76,5 milhões) e 2 (R$ 52,6 milhões). Nessas cifras, que totalizam R$ 458,6 milhões, não estão incluídas as desapropriações.
— Estamos apresentando a realidade para não nos iludirmos — avaliou o engenheiro responsável pelo estudo, Ricardo Saporiti.
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Após a apresentação contratada pela Fiesc, o representante do DNIT apresentou números bastante parecidos sobre a execução da duplicação da BR-470. Ele acrescentou que ainda falta desapropriar 247 imóveis, num total estimado de R$ 77 milhões. Com os contratos de supervisão e gestão ambiental, o montante a executar deve superar os R$ 550 milhões. Cerca de um terço do que está contratado.
O superintendente disse que os lotes 1 e 2 serão concluídos até o fim de 2023, mas com alguns viadutos ainda pendentes devido a questões geológicas. Andrade deu a entender que, no ritmo atual de liberação de recursos, a duplicação inteira ficará pronta por volta de 2026.
Do governo de Santa Catarina, a obra da BR-470 espera ainda cerca de R$ 80 milhões de um total de R$ 300 milhões previstos no convênio assinado em 2021. O governador Jorginho Mello (PL) ainda não garantiu que honraria o compromisso. Andrade disse que o DNIT não conta com esses recursos.
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